Noruega quer reactivar estaleiros navais
O objectivo é evitar que embarcações a operar em Angola sejam reparadas na Namíbia ou África do Sul. O Presidente da República, João Lourenço, recebeu também, em audiência, o embaixador de Portugal, João Caetano da Silva, que está em fim de missão
A companhia DOF ASA, presente em Angola através da Dof Subsea Angola, manifestou ontem, em Luanda, a intenção de construir, no país, instalações de reparação de navios e embarcações offshore.
A intenção foi anunciada pelo vice-presidente executivo para a região Atlântica, Jan-Kristian Haukeland, em declarações à imprensa, no termo de uma audiência que lhe foi concedida pelo Presidente da República, João Lourenço.
Sem adiantar prazos, JanKristian Haukeland sustentou que a construção de instalações para a reparação de navios offshore em Angola é justificável, fundamentalmente, para evitar que sejam feitas intervenções em embarcações na Namíbia ou África do Sul, como tem sido prática ao longo destes anos.
A companhia, explicou, detém e opera uma frota moderna de embarcações offshore e tem capacidade de engenharia para instalação, reparação de navios e inspecção, geralmente, para atender a indústria petrolífera ao redor do mundo. “Nesta altura, a nossa perspectiva é incrementar a frota de navios e, consequentemente, aumentar também o conteúdo local. Queremos transferir o conhecimento e tecnologias para Angola. Daí precisarmos criar parcerias com o Governo”, sublinhou.
Jan-Kristian Haukeland elogiou os passos que Angola tem dado para a melhoria do ambiente de negócios. “Angola tem registado significativas melhorias a nível do ambiente de negócios. Temos reparado que Angola se tem desenvolvido neste âmbito, o que permite alavancar a nossa actividade, em parceria com os nossos principais clientes”, disse.
A Dof Subsea, a operar em Angola desde 2006, está a projectar um investimento de um a dois milhões de dólares no quadro da sua responsabilidade social. “Reafirmamos a nossa determinação em continuar a investir em Angola e a servir a indústria petrolífera”, concluiu o gestor.