33 municípios sem bombas de combustível
Trinta e três dos 164 municípios de Angola não dispõem de postos de abastecimento de combustíveis, 36 por cento dos quais, em Luanda, de acordo com números divulgados ontem, em Luanda, pelo Instituto Regulador dos Derivados do Petróleo (IRDP).
Dados do Mapeamento Nacional de Postos de Abastecimento de Combustíveis citados pela Angop, depois de apresentados num seminário do IRDP, dizem que, até Junho de 2019, estavam operacionais 1.107 postos em todo o país, 516 dos quais, ou 47,52 por cento estão implantados de raiz, e 591 contentorizados.
O número óptimo de postos de combustível estabelecido com base no Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN) 2018/2022 e nas necessidades apresentadas pelo governos provinciais é de 1.132.
O Mapeamento, apresentado pelo técnico do IRDP António Feijó, declara que, enquanto Luanda dispõe de 36 por cento do total dos postos de abastecimento, o Cunene tem apenas 1,00 por cento do total de bombas do país.A província de Luanda , com uma população estimada em mais de sete milhões de habitantes tem disponíveis 399 postos de abastecimento, 262 dos quais são contentorizados.
Ao contrário de outras regiões, todos os municípios de Luanda dispõem de postos abastecimento de combustível, enquanto o Cunene possui 16 postos e precisa 18 para os cobrir os municípios do Cunhama (oito), Curoca (dois), Cuvelai (cinco) e Cahama (três). Na província do Moxico, com 34 postos, os municípios do Luacano e Luchazes não possuem nenhum, uma situação que tem criado constrangimentos à população e aos agentes económicos.
As zonas mais preenchidas são as províncias que estão perfiladas na zona Litoral, além de Luanda, Namibe, Benguela, Cuanza-Sul, Bengo e Cabinda, estando as demais afectadas pela necessidade de postos adicionais.
Crédito para investir
A procura gerada por este défice, abre a oportunidade da entrada de novos investidores no mercado da distribuição retalhista de combustíveis, com os bancos Africano de Investimentos (BAI) Internacional de Crédito (BIC) e de Comércio Internacional (BCI) a serem apresentados no seminário como potenciais financiadores da construção de novos postos.
Os postos de abastecimento constituem pontos de venda importantes, tendo incorporadas lojas de conveniência e uma diversificada oferta de serviços.
O secretário de Estado para os Petróleos, Alexandre Barroso, previu, no seminário, que a nova Lei sobre os Derivados de Petróleo vai permitir a adesão de operadores privados ao mercado e a construção de novos postos de abastecimento, numa referência parcial à parceria entre a Sonangol e a francesa Total que vai edificar 45 postos no país.