Governo quer investimentos nas áreas de conservação
O Ministério do Ambiente quer investimento nas áreas de conservação para rentabilizar as zonas e fomentar o turismo nacional, disse, ontem, em Luanda, o director-geral do Instituto Nacional da Biodiversidade, Aristófanes Pontes da Cunha.
No país foram identificadas 14 áreas de conservação distribuídas por nove parques nacionais, um regional e quatro reservas naturais que precisam de investimentos para melhor aproveitamento.
Para isso, disse, o Executivo gizou um programa destinado a reabilitar e proteger as áreas de sustentabilidade ecológica que passa pela criação de condições, formação de fiscais, criação de mais áreas de conservação e de uma estrutura de monitorização e comunicação, alinhado com outros sectores.
“E é aqui em que entram os possíveis investidores para a captação de meios destinados a criar condições nas áreas de conservação e receber turistas que podem alavancar a economia nacional”, reforçou.
Aristófanes Pontes disse que há muito por explorar em Angola, mas que são precisas infra-estruturas, vias de acesso, centros de observação, vigias e guardas, restauração, comércio e comunicação para estimular o sector.
Para os investidores nacionais, a ideia é bem-vinda, mas passa pela aplicação de políticas para maior abertura ao empresariado, através da banca, para a concepção de crédito e fortalecer o turismo.
O director-geral do Instituto Nacional da Biodiversidade e Áreas de Conservação disse que para a implementação do Programa de Investimentos nas Áreas de Conservação o Executivo defende a criação de condições técnicas favoráveis, formação de pessoal técnico, criação de uma estrutura de monitorização e comunicação, acompanhamento e gestão das áreas protegidas.
O Programa de Investimentos nas Áreas de Conservação de Angola está alinhado a outros sectores do Estado, como o Turismo.
O encontro, organizado pelo Instituto Nacional da Biodiversidade e Áreas de Conservação (INBAC), reuniu potenciais investidores nacionais na busca de soluções para o fomento da protecção e exploração da fauna e flora angolana.