Ex-modelo acusada de vários crimes graves
O tribunal decidiu que a exmodelo Marry Mubaiwa, acusada de ter tentado matar o marido não pode entrar na casa que era do casal, nem visitar os filhos.
Marry Mubaiwa, 36 anos, mulher do vice-Presidente do Zimbabwe, Constantino Chiwenga, está, desde de sexta-feira, proibida, por um tribunal superior do país, de entrar na casa onde vivia com o marido e de visitar os três filhos menores, noticiou, ontem, a BBC.
Mubaiwa está em liberdade sob fiança a aguardar julgamento por suspeita de ter tentado matar o marido enquanto ele esteve hospitalizado na África do Sul, em Julho, e envolvimento em fraude e branqueamento de capitais.
A mulher do vice-Presidente foi detida, em Dezembro, na sequência de uma investigação liderada pela Comissão Anti-Corrupção do Zimbabwe por “fortes indícios de envolvimento nos crimes referidos”.
Acabou por ser libertada sob fiança, a 6 de Janeiro, mas com a obrigação de entregar o passaporte diplomático e a hipoteca de uma propriedade registada em nome do pai.
Desde então, Marry Mubaiwa tem recorrido às diversas instâncias judiciais para lhe ser permitido o acesso à casa onde vivia e ver os filhos.
Marry, ex-modelo, casada com um futebolista antes do matrimónio com o estadista, foi patrona do Fundo Miss
Zimbabwe até abdicar do cargo, em Fevereiro de 2018.
A mulher é acusada de tentar matar o marido, na África do Sul, no ano passado, por ter-lhe negado tratamento médico, insistindo que Chiwenga ficasse num hotel em vez de num hospital, quando foi levado para a África do Sul para tratamento médico de emergência.
Mais tarde, os agentes de segurança levaram Chiwenga para o hospital, de acordo com a nota da Justiça, que adianta que Marry Chiwenga foi ao hospital, em 8 de Julho, pediu aos seguranças para saírem do quarto e quando estava sozinha" com o marido, "removeu, ilegalmente, a gota intravenosa médica, bem como um cateter venoso central", fazendo Chiwenga sangrar profusamente.
Ainda de acordo com a acusação, a mulher do vicePresidente forçou o marido a sair da cama do hospital e tentou levá-lo para fora da enfermaria, antes de ser interceptada pelos seguranças, refere a acusação.
Chiwenga foi mais tarde para a China, onde recebeu tratamento médico durante quatro meses e voltou ao Zimbabwe em Novembro.
Quando regressou da China, Constantino Chiwenga disse que sofria de "estritura esofágica idiopática". O casal Chiwenga também é acusado de uma operação de lavagem de dinheiro no valor de cerca de um milhão de dólares.