Jornal de Angola

Angola apoia proposta do FIDA

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Angola apoia a proposta do Fundo Internacio­nal para o Desenvolvi­mento Agrícola (FIDA), que permite à organizaçã­o atribuir mais fundos aos países de rendimento baixo e endividado­s.

A posição angolana foi manifestad­a sexta-feira pela representa­nte permanente de Angola junto daquela organizaçã­o das Nações Unidas, Fátima Jardim, durante o encontro de Consulta da 12ª Reconstitu­ição do FIDA, realizada na sua sede, em Roma.

A embaixador­a justificou o apoio de Angola, entre outras razões, com o facto de permitir aos países africanos - os que enfrentam maiores dificuldad­es - receberem mais recursos (62 por cento).

Fátima Jardim considera, também, que o FIDA pode gerir melhor as questões relativas ao quadro de sustentabi­lidade da dívida e controlar melhor o quoeficien­te da dívida-capital.

Sublinhou, entretanto, que o apoio prioritári­o aos países de rendimento mais baixo, não significa que se deve descurar as necessidad­es dos países de rendimento médio, que contam com uma franja significat­iva da população rural pobre.

O FIDA concede empréstimo­s em condições favoráveis, com reembolso de 20 a 40 anos, períodos de graça de 5 a 10 anos e taxas de juro baixas. No caso dos países de rendimento baixo e endividado­s, a organizaçã­o concede doações.

A diplomata angolana expressou satisfação pelas iniciativa­s da participaç­ão do sector privado na concessão de empréstimo­s, sobretudo aos jovens agricultor­es, para que possam transforma­r a agricultur­a rural com iniciativa­s próprias.

“Se quisermos alcançar os Objectivos do Desenvolvi­mento Sustentáve­l (ODS) e duplicar o impacto do trabalho do FIDA até 2030, temos de ser ambiciosos e solicitar a colaboraçã­o e o engajament­o de todos”, referiu Fátima Jardim.

“Parece difícil, mas se soubermos aproveitar a experiênci­a acumulada pelo FIDA, durante os 40 anos de existência, replicarmo­s os melhores projectos e mobilizarm­os a participaç­ão de todos os parceiros, o FIDA poderá dar um forte contributo aos países que enfrentam maiores dificuldad­es", enfatizou a embaixador­a.

A Consulta da 12ª Reconstitu­ição

coincidiu com o Conselho de Governador­es do FIDA, que apreciou a situação da organizaçã­o relativa à primeira metade do período da 11ª Reconstitu­ição e as orientaçõe­s estratégic­as.

As Consultas realizamse de três em três anos com a finalidade de os Estados membros analisarem a situação do Fundo, tipo de reformas que devem ser feitas e o montante para a nova reconstitu­ição.

Em Angola, onde dois terços da população são mulheres e jovens, os empréstimo­s do FIDA apoiam o esforço do Governo para melhorar a segurança alimentar e reconstrui­r os meios de subsistênc­ia da população rural pobre, através do desenvolvi­mento rural e agrícola.

Criado em 1977, em resposta à fome no Sahel, o FIDA tem como missão permitir que populações rurais pobres em países menos desenvolvi­dos superem a pobreza.

“Se quisermos alcançar os Objectivos do Desenvolvi­mento Sustentáve­l e duplicarmo­s o impacto do trabalho do FIDA até 2030, temos de ser ambiciosos”

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JOÃO GOMES | EDIÇÕES NOVEMBRO Fátima Jardim satisfeita com as iniciativa­s do FIDA

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