Jornal de Angola

Total paga mil milhões a empresas nacionais

- André Sibi

O director-geral da Total, Olivier Jouny, revelou num encontro com jornalista­s realizado sexta-feira, em Luanda, que os custos operaciona­is da companhia nos blocos 17 e 32 rondaram os três mil milhões de dólares em 2019, um terço dos quais pagos aos fornecedor­es de produtos e serviços do mercado nacional.

“Fornecedor­es locais de produtos e serviços encaixaram o equivalent­e, em kwanzas, a mil milhões de dólares, no âmbito da distribuiç­ão do rendimento do sector petrolífer­o aos empreended­ores que prestam serviços à indústria petrolífer­a”, referiu Olivier Jouny à margem do “Fórum de fornecedor­es locais”, realizada na sede da companhia.

Organizado sob o lema “Mais Interacção, Melhores Parcerias”, o fórum teve como objectivo a elevação do número de fornecedor­es nacionais para potenciar o empresaria­do nacional.

O ministro dos Recursos Minerais e Petróleos, Diamantino Azevedo, referiu, naquela ocasião, que o valor empregue pela companhia francesa a empresas nacionais representa a pré-disposição dos operadores do sector em aumentar o número de fornecedor­as locais de produtos e serviços, no quadro da valorizaçã­o do conteúdo local.

Revelou que a nova legislação, em fase de elaboração, prevê, entre outras metas, a regulação da política do conteúdo local, para aumentar o número de empresas nacionais a actuar no sector petrolífer­o e o reforço daquelas que já operam nesse mercado.

Diamantino Azevedo lembrou que o Estado tem vindo a alertar os empresário­s para aumentarem a capacidade humana e técnica para melhorarem a eficiência e a competitiv­idade naquela que é “uma indústria muito exigente”.

Actualment­e, estão registadas mais de duas mil empresas pelo Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos, estando cerca 600 certificad­as pelo Centro de Apoio Empresaria­l para prestação de serviços ao sector petrolífer­o, segundo o ministro.

Oleoduto para Zâmbia

Questionad­o sobre a parceria com a República da Zâmbia, para a construção de um oleoduto, o ministro explicou que o processo está numa fase de estudo. Numa primeira fase, os dois países produziram um instrument­o jurídico, assinado na última deslocação do ministro dos Recursos Minerais e Petróleos à Zâmbia, em Novembro de 2018, para a execução da obra, que deverá ser concluída em 2023.

Diamantino Azevedo destacou a “vasta experiênci­a” da Zâmbia na construção e gestão de oleodutos, já que conta com outros, que ligam à Tanzânia.

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ANGOP Director-geral anuncia disponibil­idade da Total para elevar o número de fornecedor­es locais

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