Total paga mil milhões a empresas nacionais
O director-geral da Total, Olivier Jouny, revelou num encontro com jornalistas realizado sexta-feira, em Luanda, que os custos operacionais da companhia nos blocos 17 e 32 rondaram os três mil milhões de dólares em 2019, um terço dos quais pagos aos fornecedores de produtos e serviços do mercado nacional.
“Fornecedores locais de produtos e serviços encaixaram o equivalente, em kwanzas, a mil milhões de dólares, no âmbito da distribuição do rendimento do sector petrolífero aos empreendedores que prestam serviços à indústria petrolífera”, referiu Olivier Jouny à margem do “Fórum de fornecedores locais”, realizada na sede da companhia.
Organizado sob o lema “Mais Interacção, Melhores Parcerias”, o fórum teve como objectivo a elevação do número de fornecedores nacionais para potenciar o empresariado nacional.
O ministro dos Recursos Minerais e Petróleos, Diamantino Azevedo, referiu, naquela ocasião, que o valor empregue pela companhia francesa a empresas nacionais representa a pré-disposição dos operadores do sector em aumentar o número de fornecedoras locais de produtos e serviços, no quadro da valorização do conteúdo local.
Revelou que a nova legislação, em fase de elaboração, prevê, entre outras metas, a regulação da política do conteúdo local, para aumentar o número de empresas nacionais a actuar no sector petrolífero e o reforço daquelas que já operam nesse mercado.
Diamantino Azevedo lembrou que o Estado tem vindo a alertar os empresários para aumentarem a capacidade humana e técnica para melhorarem a eficiência e a competitividade naquela que é “uma indústria muito exigente”.
Actualmente, estão registadas mais de duas mil empresas pelo Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos, estando cerca 600 certificadas pelo Centro de Apoio Empresarial para prestação de serviços ao sector petrolífero, segundo o ministro.
Oleoduto para Zâmbia
Questionado sobre a parceria com a República da Zâmbia, para a construção de um oleoduto, o ministro explicou que o processo está numa fase de estudo. Numa primeira fase, os dois países produziram um instrumento jurídico, assinado na última deslocação do ministro dos Recursos Minerais e Petróleos à Zâmbia, em Novembro de 2018, para a execução da obra, que deverá ser concluída em 2023.
Diamantino Azevedo destacou a “vasta experiência” da Zâmbia na construção e gestão de oleodutos, já que conta com outros, que ligam à Tanzânia.