Museu Nacional de Antropologia a aposta cultural alemã
instituto está em Angola há 10 anos e o intercâmbio cultural entre ambos os países sempre foi intenso. Gabrielle revela que "o ponto alto dessa colaboração é, certamente, a cooperação entre o Museu Nacional de Antropologia e o Museu Etnológico de Berlim".
A responsável da instituição cultural alemã afirmou que, no âmbito desta aposta, "visitamos o depósito do Museu de Berlim, onde os objectos de Angola estavam no centro do interesse, e a oficina de restauro. Ouvimos uma palestra sobre a história das colecções de ambos museus, desenvolvemos um plano de acção para três anos e muito mais".
Gabrielle acrescentou que "depois desta passagem por Berlim, organizamos um workshop de conservação e restauração em Luanda, que foi dirigido por Eva Ritz, conservadora do Museu Etnológico de Berlim, compramos livros especializados para a biblioteca do Museu Nacional de Antropologia e realizamos cinco curtas-metragens sobre cinco peças dos museus de antropologias de Berlim e de Luanda. Os filmes foram gravados em várias províncias de Angola, onde membros das comunidades, artistas e especialistas explicam os objectos. Está planeado que os filmes serão exibidos nas exposições permanentes de ambos museus.
Falando da principal aposta, "neste momento estamos a finalizar a tradução dos registos completos dos objectos de origem angolanos que estão na colecção de Berlim para o Museu Nacional de Antropologia e finalmente esperamos conseguir o orçamento para criar um departamento de conservação e restauro.
Outras actividades
A parceria com o Animart continua a ser um dos projectos que muito orgulha o Goethe Institut de manter o apoio, pois no campo do teatro tem permitido o intercâmbio entre actores dos dois países e a participação no Festival de Teatro do Cazenga.
No campo da literatura, a presença dos escritores Mia Couto e José Eduardo Agualusa foi um dos pontos altos, com a produção de um livro de estórias infantis e contacto com os eleitores. No cinema, tem estreitado a parceria com a produtora Geração 80 e está atenta com realizadores independentes.
Com o baixista Sebastiam Grass, baixista e líder dos Slowfox que em 2017 fez um intercâmbio musical com Nguami Maka, preparam um novo projecto, assim como os mentores do Freak Afrique, colectivo de djs alemães.
O Goethe continuará a ajudar artistas e activistas culturais angolanos em estabelecer parcerias e penetrar em plataformas mundiais. Este ano começou com o workshop de cinema e viu lançado no site musicinafrica um artigo dedicado a Angola que é uma das apostas da Gabrielle Stern-Ken que reconhece a pouca existência de artigos relacionados aos aspectos culturais angolanos noutras línguas.