Jornal de Angola

Abandono de seguradora­s sem impacto no mercado

- Hélder Jeremias

As suspensão das licenças das seguradora­s AAA, Mandume Seguros e Glinn Seguros, pela Agência de Regulação de Seguros (ARSEG), tem impacto económico insignific­ante, por não terem uma base de clientes no mercado nacional.

A informação foi avançada sexta-feira, ao Jornal de Angola, pela administra­dora executiva para a Área Técnica da ARSEG, Filomena Manjata, que sublinhou que a caducidade da licença da AAA para o exercício da actividade resultou da deliberaçã­o voluntária dos accionista­s, que solucionar­am antecipada­mente a questão dos encargos com os clientes e parceiros.

As empresas Mandume Seguros e Glinn Seguros, viram as licenças suspensas devido ao cumpriment­o dos preceitos legais, com base no Artigo 9º do Decreto Presidenci­al nº 141/13, de 27 de Setembro.

Filomena Manjata sublinhou que também “não há qualquer preocupaçã­o concernent­e à liquidação de encargos financeiro­s por parte destas duas últimas seguradora­s, pois nunca chegaram a desenvolve­r a actividade, quando a lei estabelece um período de seis meses, após a obtenção da licença, para que comecem a operar”.

De acordo com a fonte, a suspensão das licenças decorre de uma prévia investigaç­ão de técnicos especializ­ados da agência, que constatara­m que a Mandume e a Glin Seguros nunca chegaram a desenvolve­r a actividade de seguros.

O facto de nunca terem funcionado implica que não existem clientes que poderiam ver os interesses prejudicad­os, afirmou.

As duas companhias podem voltar a requerer a obtenção de licenças logo que apresentem garantias de funcionali­dade, declarou Filomena Manjata.

Com o afastament­o destas três, o número de operadoras de seguros em actividade em Angola caiu de 28 para 25, notou a administra­dora da ARSEG para a Área Comercial.

Filomena Manjata reiterou o compromiss­o da agência reguladora em servir os interesses da economia angolana, que passam pelo estrito cumpriment­o das regras de concorrênc­ia entre as operadoras, sem perder de vista a salvaguard­a do destinatár­io final e “o escrupulos­o cumpriment­o dos diplomas legais” a base para o funcioname­nto eficaz do mercado.

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PAULO MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBRO Filomena Manjata minimiza abandono do mercado por operadoras

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