Jornal de Angola

Williams pretende regressar às vitórias e aos tempos áureos

Escuderia onde já passaram os ícones Prost, Senna, Mansel e Damon Hill está entre as mais tituladas da actual grelha

- Altino Vieira Dias|

A maior parte dos amantes da Fórmula 1 está a focar o campeonato de 2020 na Mercedes, Ferrari, Red Bull e seus pilotos, comentando muito pouco sobre a melhoria das outras equipas e pilotos.

Mas, não é só de Ferrari, Mercedes e Red Bull que a Fórmula 1 vive. A Williiams, a par das três escuderias, está entre as equipas mais tituladas da actual grelha da Fórmula 1.

Obteve muito sucesso nas décadas de 80 e 90 e pode ser considerad­a uma equipa monumental, porque por lá já passaram alguns campeões da Fórmula 1, como o francês Alain Prost, Ayrton Senna (brasileiro), Nigel Mansell e Damon Hill (ingleses), Alan Jones (australian­o), Keke e Nico Rosberg (pai e filho, embora Keke seja finlandês e Nico alemão), e Jacques Villeneuve, canadense (filho do lendário piloto Gilles Villeneuve), o primeiro piloto não europeu a conquistar um título, desde Ayrton Senna em 1991, e o último a conquistar um campeonato de pilotos na Williams, isto em 1997, onde na altura teve uma luta renhida do princípio do campeonato até à ultima corrida com o alemão Michael Schumacher, na altura piloto da Ferrari.

De 1992 a 1997, a Williams viveu grandes momentos com o motor da Renault. Daí em diante a equipa parece estar a viver um jejum doloroso de campeonato­s e vitórias. A parceria com o motor Mercedes parece não estar a funcionar, apesar de a equipa manterse fiel à mesma há inúmeros anos. Os últimos três foram muito dolorosos para a antiga potência inglesa.

O seu carro mais parecia de uma categoria inferior ao da Fórmula 1 e, como se não bastasse, em 2018 e 2019, os pilotos classifica­ram-se no último lugar do campeonato. Mais triste ainda foi o facto de o inglês George Russel, que foi campeão de Fórmula 2 em 2018, e chegou à Fórmula 1 em 2019, terminar o campeonato no último lugar sem pontuar.

O único ponto da equipa foi do polaco Robert Kubica, que abandonou a carreira como piloto no fim da temporada de 2019.

Em 2020, a Williams está a trabalhar como se estivesse atrás de vitórias, pois a equipa vai tentar reerguer-se após anos desastroso­s.

Entretanto, a chefe da equipa, Claire Williams, pode não ser visível por fora, mas está a ver resultados no desenvolvi­mento do carro. Os fãs da antiga potência esperam que em 2020 a escuderia suba a fasquia com inúmeros pontos e pódios, ou seja, lute pelo quarto ou quinto lugar para, em 2021, com a mudança de regulament­o lutar por vitórias ou, quem sabe, pelo título. A Williams está com uma nova dupla de jovens pilotos, formada por George Russel e o canadense Nicholas Latiffe, o único piloto estreante no campeonato de 2020. Russel está entre os jovens mais empolgados da Fórmula 1.

Apesar de não ter um carro como o Ferrari do monegasco Charles Leclerc, McLaren de Lando Norris (inglês), Red Bull de Max Verstappen (holandês) e Alex Albon (tailandês), o piloto já demonstrou que tem talento para fazer um papel melhor do que fez na Williams em 2019.

Possui um talento incontestá­vel e um estilo de condução incrível, acompanhad­o de rápidos reflexos. Não é por acaso que é um forte candidato a ocupar um lugar nas “Flechas de Prata”, ou seja, Mercedes, na próxima temporada em 2021, caso o finlandês Valtteri Bottas não convença os “patrões ” da Mercedes em 2020.

Para os amantes da teoria da conspiraçã­o, o piloto inglês da Williams já deveria ocupar o lugar de Bottas na Mercedes em 2019, pois o finlandês já deu mostras de que não consegue travar o ímpeto do inglês Lewis Hamilton, colega na Mercedes, e que esta (Mercedes) deveria apostar num piloto do futuro, ou seja, jovem e capaz de dar luta à sua principal “arma mortífera” (Hamilton) conforme fez a Ferrari com o monegasco Charles Leclerc em relação ao alemão Sebasttian Vettel.

 ?? DR ?? Equipa inglesa pode regressar em 2020 após sucessos nas décadas de 1980 e 90
DR Equipa inglesa pode regressar em 2020 após sucessos nas décadas de 1980 e 90

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola