Jornal de Angola

Distinção

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Já foi distinguid­o com algum prémio pelo trabalho que desenvolve?

Em Março de 2019, ganhamos um prémio em Luanda referente à melhor discoteca de Angola, do ano de 2018. É o prémio LNL –BAI Standard Bank. Entre várias discotecas de Luanda, nós ganhamos a melhor de Angola.

Qual foi o sentimento? É um prémio que me encheu de orgulho enquanto huilano. Mas sentimos que a sociedade não deu muito valor, o que me deixou na altura triste. Cheguei a pensar que se fosse uma discoteca de Luanda a ganhar esse prémio, os nossos do Lubango também iriam partilhar. Aproveito esse momento para partilhar através das páginas do Jornal de Angola.

É algo que sempre quis partilhar com os meus, huilanos, com os lubanguens­es. Acho que não deram ao prémio o valor que merecia.

Qual foi a outra distinção conseguida no prémio?

Ganhámos também a categoria de melhor paste-laria Art & doce e o melhor resort, o Pululukwa. São três espaços huilanos que deveriam encher de orgulho o nosso povo. E não senti isso. Foi uma mistura de sentimento­s. Ficamos felizes por ter ganho. Foi uma nomeação boa para nós. Quando vi o nosso nome lá, fiquei feliz, sobretudo por estar no meio das discotecas da capital que, à partida, são as de que se falam mais. Mas estávamos ali no meio e trouxemos o prémio para o Lubango. É um prémio para o qual olho todos os dias com muito orgulho e que nos acalenta para não esmorecer, para continuar a lutar para agradar ao povo.

Como consegue nessa fase ter muitos músicos nacionais e internacio­nais?

Tenho contacto muito directo com músicos e Djs. Nesses anos todos de trabalho, criamos relações fortes com vários artistas. Actualment­e as coisas apertaram muito e há casos em que os artistas pedem pagamento antes. Mas comigo isso não acontece muito, porque sou de palavra e há confiança mútua. Criei uma relação com um leque de artistas muito grande. Existe muitos artistas que se sentem à vontade connosco, como a Ary, C4 Pedro, Rui Orlando, Edmasia, Puto Português, Walter Ananaz. A antiga escola então já não se fala…

Vicissitud­es? Aconteceu também consigo?

O Kopus-Club foi o meu primeiro emprego. Mergulhei nesse mundo do empreended­orismo,obviamente­alevarmuit­aporrada. Houve alturas em que cheguei a casa e disse que no diaseguint­efechariaa­porta e não abria mais. Mas em todas actividade­s de negócios temos que ser persistent­es, resiliente­s e ir lá repetir. É com os erros que aprendemos.

Que projectos tem em carteira?

O nosso grande projecto para 2020 é a abertura de uma outra discoteca fora do Lubango com um conceito diferente, porque as discotecas em sitio fechado, com luz e som muito alto estão um bocadinho em decadência. É um projecto que estamos a desenvolve­r há mais ou menos três anos. Esse novo projecto que já está desenvolvi­do, já estamos a pôr em prática e deve abrir dentro de três meses.

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