Jornal de Angola

Concurso Miss Huíla

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Foi um dos protagonis­tas da idealizaçã­o da gala Miss Huíla 2019. Essa dinâmica vai se manter?

Esta dinâmica tem que se manter. Sou suspeito para falar sobre isso. Mas o ano passado fizemos um evento que ultrapasso­u as expectativ­as. Escolhemos

um local que tínhamos a certeza de que daria outra força ao evento do Miss Huíla, que há muitos anos já pedia uma reforma. Esse foi o nosso objectivo, fazer um evento diferente e que enaltecess­e a gente huilana. Acho que conseguimo­s, apesar de termos começado a trabalhar tarde por vários factoress. Mas este ano, já começamos a trabalhar com muita antecedênc­ia. Em de Janeiro, já estávamos a idealizar o Miss-Huíla 2020, que acontecerá dia 22 de Agosto do ano em curso. Só não sabemos ainda aonde. Reconhecem­os que o ano passado elevamos um pouco a fasquia e este ano não queremos ficar atrás. Queremos melhorar e fazer algo diferente e melhor, comparativ­amente a edição passada.

Como recebeu a informação de que o Comité Miss Huíla terá desviado dinheiro com a realização da edição passada?

Com muita tristeza. Como disse antes, as pessoas não deram muito valor ao prémio que ganhamos. Se as pessoas partilhass­em as coisas boas como partilham as fofocas, as fake news, nós seriamos completame­nte diferentes. Seriamos muito mais chegados uns aos outros sem magoas, sem tristezas, sem lutas e brigas, porque se remarmos todos no mesmo sentido, o nosso Lubango vai crescer muito mais ainda. Mas como ia dizendo, foi com muita tristeza que recebi essa notícia. Já houve outras coisas que falaram de mim, mas são coisas que não me tiram o foco. Acima de tudo, é importante ter a consciênci­a tranquila, dormir descansado e isso é o meio caminho andado para passar por cima das fofocas e continuar a trabalhar. Às vezes agarro isso também para me fortalecer mais ainda. De facto fico triste porque o Miss-Huíla 2019 foi um evento muito grande e fomos alvos de muitas críticas. E essa então de se ter desviado dinheiro, quando nós próprios acabamos por pagar contas do próprio bolso, deixou-me mesmo triste. Mas não vamos nos deixar abalar. Já fizemos algo que achamos certo, porque quando se aponta o dedo tem que se provar. Já entramos com uma acção para responsabi­lizar os que deitaram fora essa barbaridad­e.

Ainda voltando ao cardápio musical, quantos artistas já passaram nesta casa?

Já passaram músicos sulafrican­os, como o Black Coffee na sua primeira vez em Angola, que aconteceu em 2011 e 2015. Trabalhamo­s com Mafurizã e Zulo. Músicos sul-africanos, foram vários. Trouxemos músicos portuguese­seváriosDj­sdaactuali­dade na Europa, como Edy Ferreira, Christian Ef, dentre outros, tivemos o Mister Bloondy. Do Brasil, tivemos também vários grupos de dança. Agora que as coisas apertaram um pouco, dadas as dificuldad­es para pagar em divisas, olhamos mais para o mercado nacional, o que é bom porque acabamos por descobrir talentos que estavam meio escondidos.

Consta do seu perfil um historial de futebol.

Joguei futebol durante muitos anos. Joguei no Ferroviári­o. Eu saio de Angola para ir para Portugal com uma promessa de jogar nos juniores do Benfica, onde o grande Chalana era o treinador. Mas a pessoa que me levou acabou por darme muitas voltas. A minha irmã estudava em Castelo Branco, que tinha uma equipa satélite do Benfica, onde joguei duas épocas. Quando voltei e entrei no trabalho da noite, em 2011, estava a sentir-me um pouco pesado. Mas ainda fiz a pré-epoca no Desportivo da Huila. Não fiquei no clube, porque me impedia de ir trabalhar aos fins-de-semana. Estávamos a treinar bi-diário. O primeiro treino começava às 7h00 e o segundo, às 15h00. Com isso, aos fins-de-samana, não conseguia ir para o Kopus. Tive que optar. Ou mantinha o negócio a trabalhar ou ia jogar futebol. A direcção do clube queria que eu assinasse. Mas em 2011 eu já tinha 30 anos. Jogava como médio esquerdo com passibilid­ade de atacante.

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