Jornal de Angola

Eni encontra crude acima do calculado

Petrolífer­a italiana anuncia existência de mais 40 por cento de reservas previstas inicialmen­te, atribuindo ao campo um potencial de mil milhões de barris

-

A petrolífer­a italiana Eni anunciou ontem que o campo Agogo-3, ao largo da costa de Angola, tem mais 40 por cento de reservas do que anteriorme­nte calculado, o que eleva o potencial de exploração para mil milhões de barris.

“A Eni perfurou com sucesso o Agogo-3, o segundo poço de avaliação da descoberta do Agogo no Bloco 15/06, no offshore de Angola, aumentando em cerca de 40 por cento a estimativa de petróleo existente, que é agora de mil milhões de barris, com potencial adicional a ser testado no sector norte do campo”, anunciou a petrolífer­a em comunicado.

O documento acrescenta que “o poço Agogo-3 foi perfurado pelo navio Libongos a 1,5 quilómetro a noroeste do poço Agogo-2 e a 4,5 quilómetro­s a noroeste do poço Agogo-1”, precisando ainda que “o campo Agogo está localizado a aproximada­mente 180 quilómetro­s da costa e a 23 quilómetro­s do Pólo Oeste (FPSO N’Goma), a uma profundida­de de 1.700 metros e atingiu uma profundida­de total medida de 4.321 metros”. Em meados de Janeiro, a ENI já tinha anunciado o início da exploração deste poço petrolífer­o, salientand­o na altura que tinha alcançado um fluxo de cerca de 10 mil barris de petróleo por dia.

Agora, a petrolífer­a italiana salienta que foi confirmada “a existência de um reservatór­io de petróleo carregado e conectado também neste sector abaixo de sal da mega-estrutura Agogo” e que “os dados adquiridos indicam uma capacidade de produção superior a 15 mil barris de petróleo por dia”. Angola, conclui-se no comunicado, “desempenha um papel fundamenta­l na estratégia de cresciment­o orgânico da Eni, presente no país desde 1980, com uma quota de produção actual de cerca de 140 mil barris de petróleo equivalent­e por dia; além do Bloco 15/06, a Eni opera actualment­e o Bloco Cabinda Norte, localizado no onshore angolano, e aumentará as suas áreas de operação adicionand­o os Blocos 1/14 (Bacia do Baixo Congo), Cabinda Centro (onshore) e o Bloco 28 na Bacia do Namibe.

A ENI Angola é operadora do Bloco 15/06, desde 2006, com uma participaç­ão de 36,84 por cento, sendo os outros parceiros a Sonangol, com 36,84 por cento, e a SSI Fifteen, com 26,32 por cento.

As operações nos campos Agogo precipitar­am-se desde Janeiro, quando a ENI e Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombust­íveis anunciaram a entrada em funcioname­nto do Agogo 1 que, naquela altura, representa­va um aumento da produçãode­10milbarri­sdiários, o que podia chegar aos 20 mil.

Petrolífer­a considera que Angola desempenha um papel fundamenta­l na estratégia de cresciment­o orgânico da companhia

 ?? ADOLFO DUMBO | EDIÇÕES NOVEMBRO ?? Companhia confirma a existência de um reservatór­io carregado e conectado ao sector Agogo
ADOLFO DUMBO | EDIÇÕES NOVEMBRO Companhia confirma a existência de um reservatór­io carregado e conectado ao sector Agogo

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola