Triagem de documentos começa na próxima semana
O processo de triagem de documentos dos candidatos apurados em sorteio, para habilitação às residências da Centralidade do Zango 5, começa na próxima semana, anunciou ontem, em Luanda, uma fonte do Ministério do Ordenamento do Território e Habitação.
O procedimento, que será conduzido pela imobiliária Imogestin e coordenado pelo Ministério, teve o decurso de inscrições entre os dias 27 de Janeiro e 5 de Fevereiro. Inscreveram-se 157 mil e 431 candidatos, para serem apurados apenas 2.390, que vão preencher o mesmo número de residências disponíveis. Em declarações ao
a fonte disse que, à medida em que o sorteado for chamado, será feito um processo de filtragem. Caso não esteja habilitado, automaticamente o candidato é “afastado” do processo.
Perdem a candidatura, por exemplo, os inscritos que apresentem falhas na conformidade da declaração de serviço, com o salário discriminado, a caducidade do Bilhete de Identidade ou um falso número de Contribuinte.
“Muitos pensam que, pelo facto de já terem sido sorteados, nesta primeira fase, automaticamente estão habilitados a receber uma casa, o que não é bem assim. Haverá uma filtragem aos processos dos pretendentes”, explicou.
Referiu que o grupo responsável pelo processo está a estudar uma solução, caso o candidato não reúna as condições necessárias. “Ainda não encontramos um denominador comum, se estes vão a um novo sorteio ou não. Estamos ainda por definir, mas a verdade é que temos que, obrigatoriamente, preencher o número de habitações disponíveis”.
Desconfirmou, por outro lado, a abertura de um inquérito levado a cabo pelo Ministério do Ordenamento do Território e Habitação, sobre alegadas irregularidades no processo de distribuição das casas.
Notícias postas a circular nas redes sociais, na quartafeira última, davam conta que o Ministério do Ordenamento do Território e Habitação abriu um inquérito para apurar a veracidade de denúncias públicas, sobre alegadas irregularidades no processo de distribuição das mais de 2.000 moradias na centralidade do Zango 5.
O responsável confirmou existirem rumores à volta do assunto, mas refere não passarem de comentários efémeros e dolosos. Assegurou que o processo de comercialização de mais de 2.000 residências, no Zango 5, vai continuar o seu percurso normal.
“Acreditamos que os fomentadores destes tipos de comentários são os candidatos que, infelizmente, não foram contemplados. A equipa de trabalho nada tem a ver com a não selecção de todos os que se inscreveram. As pessoas são livres de concordar ou não com o sistema. Acredito que, ainda que fosse outro sistema de sorteio, os mesmos comentários iam surgir”, lamentou.
Segundo ele, todas as 2.390 habitações inicialmente disponíveis foram sorteadas. Dentro de 90 dias os candidatos apurados começam a receber as chaves dos seus apartamentos.
Projectos habitacionais
As centralidades permitem a milhares de angolanos realizar o sonho da casa própria, tendo aumentando a oferta de casas do Estado, obrigando a uma queda nos preços. São obras pensadas, que contam com saneamento básico aceitável, ruas organizadas e boa qualidade de serviços administrativos. Por outro lado, a tranquilidade publica é uma das vantagens mais apontadas pelos moradores residentes nas centralidades.
De recordar que várias centralidades e urbanizações estão a ser construídas a nível do país. Até ao momento, estao em execução projectos nas províncias de Luanda, Bengo, Cabinda, LundaNorte, Huila, Namibe e Benguela, com projecção para outras 13 províncias.
Importa realçar que a Centralidade do Kilamba foi a primeira no país a receber moradores. Considerada uma centralidade modelo, está localizada no município de Belas e foi inaugurada a 11 de Julho de 2011.
O projecto foi concebido para ser desenvolvido em três fases, com um total de 82 mil apartamentos, numa área de 54 quilómetros quadrados. A primeira pedra do empreendimento foi lançada no dia 31 de Agosto de 2008.
Mais de 200 candidatos ao concurso público da Saúde não realizaram ontem, em Luanda, os exames de acesso, por falta de conhecimento dos locais indicados.
A ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, durante uma reunião com os candidatos lesados, no Instituto Médio Alda Lara, pediu desculpas pelos transtornos causados e prometeu que será feita uma segunda prova, no meio da próxima semana, apesar do prazo terminar hoje.
“Em nome do Ministério da Saúde, viemos encontrar soluções pacíficas, para que os exames decorram sem problemas. A quantidade de candidatos é grande, houve alguma desinformação e nós admitimos, mas, também, muita gente nunca consultou o site para saber onde fazer os exames”, disse a ministra.
Pelos transtornos causados ontem, o Ministério da Saúde achou por bem remarcar as provas dos candidatos que estiveram presentes, para terça ou quarta-feira, mas os inscritos deverão, a partir de sábado, consultar o site www.ingressominsa.com ou consultarem as listas fixadas no Instituto Médio de Saúde (IMS), das 8h00 às 18h00, para saberem os locais e o horário certo.
“O que aconteceu ontem é que alguns candidatos, principalmente da carreira de motoristas, foram erradamente informados que deveriam fazer o exame no Instituto Alda Lara, associado a este processo temos de ter em conta que os candidatos chegam tarde, não consultam os sites e nem sabem em que escola, sala ou horário efectuar a prova”, explicou Sílvia Lutucuta. A ministra alertou que as provas são personalizadas e cada um tem de saber onde vai fazer o exame, devendo chegar cedo, para a resolução atempada de qualquer problema.
Sílvia Lutucuta referiu que para o concurso público da Saúde foram inscritos 77 mil candidatos, em todo o país, para sete mil vagas, em 40 categorias. “Foi feito todo o esforço para que o processo decorra sem sobressaltos”.
Províncias sem candidatos
A ministra Sílvia Lutucuca garantiu ontem, em Luanda, que o processo de candidaturas nas outras províncias do país decorre sem sobressaltos. Segundo uma reportagem emitida pela Rádio Nacional de Angola (RNA), na província da Lunda-Sul verificou-se pouca adesão, sobretudo na categoria de médicos.
A província tem disponível 47 vagas para médicos, mas apenas 13 fizeram os exames. Estão disponíveis para a província da Lunda-Sul 295 vagas para o sector da Saúde.
O coordenador do concurso público na Lunda-Sul, José Serrote, entende que tem de se encontrar uma solução, para o preenchimento das vagas. No Cunene a situação é mais preocupante, não houve nenhum candidato para a categoria de médicos. A Direcção Provincial da Saúde afirma que são 35 vagas disponíveis, que podem ser preenchidas por técnicos de outras categorias.
Na província do Cunene 1.100 candidatos concorrem para 250 vagas de enfermagem, técnico de terapêutica e de apoio hospitalar.