Presidente da FIFA apresenta projecto de “futebol global"
O presidente da FIFA, Gianni Infantino, assinalou ontem os primeiros quatro anos no cargo e anunciou o projecto para “um futebol verdadeiramente global” com onze objectivos chave, após um período inicial de reformas necessárias na organização.
O documento “Visão 2020/23, por um futebol verdadeiramente global, configura um plano para modernizar o mundo do futebol, torná-lo cada vez mais inclusivo e marcar o caminho até ao dia em que tenhamos pelo menos 50 selecções e, outros tantos clubes de todos os continentes, no mais alto nível competitivo”, disse Infantino.
Segundo informou a FIFA, em comunicado, os onze objectivos base para um futebol global são “modernizar a estrutura reguladora de futebol, aumentar os ingressos de maneira sustentável para continuar a reinvestir no futebol, aumentar a eficiência e eficácia da organização, garantir o êxito das nossas competições mais emblemáticas e globalizar as nossas competições”.
A estes objectivos acrescenta “incrementar a competitividade à escala global, maximizar a nossa influência no desenvolvimento global do futebol, incrementar o crescimento do futebol feminino, aproveitar a tecnologia no futebol, salvaguardar valores positivos no futebol e influenciar a sociedade graças ao poder do futebol”.
Para Gianni Infantino, estes objectivos assentam em quatro pilares, que vão desde a organização de torneios sustentáveis e a criação de mais oportunidades para os membros sediarem torneios da FIFA, à luta contra o racismo e o resto das formas de discriminação.
O presidente da FIFA explicou que o importante agora é conseguir que o futebol “o desporto mais popular do mundo, praticado e venerado por biliões de pessoas em todos os cantos do planeta”, seja “global de verdade”.
“A nossa principal missão é globalizar, popularizar e democratizar verdadeiramente o futebol em benefício de todo o mundo. É esta a visão que quero transmitir até ao ano de 2023”, disse Infantino, que foi eleito presidente em 26 de Fevereiro de 2016, e reeleito a 5 de Junho de 2019.
O treinador da Selecção Nacional sénior feminina de futebol, Maninho Loide, mostrou-se preocupado, ontem, com as ausências injustificadas de algumas atletas convocadas para os trabalhos de preparação, visando o jogo com a similar do Congo, no dia 7 de Abril, às 16h00, no Estádio Municipal dos Coqueiros, na Baixa de Luanda.
A partida é referente à primeira mão da preliminar de apuramento para a fase final da XII edição do Campeonato Africano das Nações (CAN), a ser disputada de 23 de Novembro a 20 de Dezembro, em país a indicar pela Confederação Africana de Futebol (CAF).
“Ainda não estou satisfeito com o grupo, porque está incompleto. É preciso que todas compareçam, para sabermos com quem devemos contar”, declarou no final da sessão de treino, realizada no Estádio da Cidadela.
Maninho Loide, nitidamente
Nacional estreou-se, numa fase final do Campeonato Africano das Nações (CAN), em 2002, na Nigéria, tendo sido orientada pelo treinador Miller Gomes, actual director técnico da Federação Angolana de Futebol (FAF).
Nesta competição, Angola ocupou a terceira posição do Grupo B, com dois pontos, à frente do Zimbabwe no quarto lugar também com dois. A Selecção Nacional ficou em vantagem devido ao coeficiente de golos.
Os Camarões classificaramse no segundo posto, com quatro pontos, atrás das sul-africanas na irritado, solicitou com urgência a comparência das atletas convocadas, principalmente as de Luanda. “Espero que todas as jogadoras compareçam o mais rapidamente possível, para integrarem a preparação, porque preciso avaliar como estão fisicamente”, disse o treinador, preocupado com as faltosas.
Das convocadas, realce para as ausências de Arminda Lopes, Jacinta, Rita, Ngonguita e Wadada. A primeira atleta mudou-se para a cidade do Huambo, onde representa a equipa de futsal do Chapesseca, ao lado das companheiras Rita e Ngonguita, também residentes no Planalto Central.
Já Wadada, que reside no Cunene, aguarda pela convocatória do Departamento Técnico das Selecções Nacionais. De acordo com a equipa técnica, Jacinta está a recuperar de hemorróidas.
Pelo que a nossa reportagem apurou ontem, no treino realizado na Cidadela, a equipa técnica vai contar apenas com as referidas jogadoras na primeira posição, com sete. Na ronda inaugural do grupo, Angola e Zimbabwe empataram a uma bola, no Estádio Oghara. Irene Gonçalves abriu o marcador para a Selecção Nacional, mas Esther Talent Zulu igualou a partida.
Para a segunda jornada, as Welwitschias Mirabilis voltaram a empatar, mas diante da África do Sul, por um golo. Lydia Monyepao colocou as sul-africanas em vantagem, mas Jacinta Ramos “Guigui” restabeleceu a igualdade.
No Estádio Oghara, Angola perdeu com os Camarões, por 0-1, em jogo da terceira e última jornada. Para chegar à fase final do CAN, na primeira eliminatória a Selecção Nacional afastou a similar da Guiné Equatorial, por 6-1, no cômputo de duas partidas.
Na segunda e última eliminatória, as angolanas venceram as congolesas democratas (RDC), por 1-0, no Estádio dos Coqueiros, referente à primeira mão, com tento solitário de “Guigui”.
No desafio de resposta, Angola perdeu com a RDC pelo mesmo “score”, em Kinshasa, mas qualificou-se através da marcação de grandes penalidades (5-4).