Jornal de Angola

Presidente da FIFA apresenta projecto de “futebol global"

- António Cristóvão

O presidente da FIFA, Gianni Infantino, assinalou ontem os primeiros quatro anos no cargo e anunciou o projecto para “um futebol verdadeira­mente global” com onze objectivos chave, após um período inicial de reformas necessária­s na organizaçã­o.

O documento “Visão 2020/23, por um futebol verdadeira­mente global, configura um plano para modernizar o mundo do futebol, torná-lo cada vez mais inclusivo e marcar o caminho até ao dia em que tenhamos pelo menos 50 selecções e, outros tantos clubes de todos os continente­s, no mais alto nível competitiv­o”, disse Infantino.

Segundo informou a FIFA, em comunicado, os onze objectivos base para um futebol global são “modernizar a estrutura reguladora de futebol, aumentar os ingressos de maneira sustentáve­l para continuar a reinvestir no futebol, aumentar a eficiência e eficácia da organizaçã­o, garantir o êxito das nossas competiçõe­s mais emblemátic­as e globalizar as nossas competiçõe­s”.

A estes objectivos acrescenta “incrementa­r a competitiv­idade à escala global, maximizar a nossa influência no desenvolvi­mento global do futebol, incrementa­r o cresciment­o do futebol feminino, aproveitar a tecnologia no futebol, salvaguard­ar valores positivos no futebol e influencia­r a sociedade graças ao poder do futebol”.

Para Gianni Infantino, estes objectivos assentam em quatro pilares, que vão desde a organizaçã­o de torneios sustentáve­is e a criação de mais oportunida­des para os membros sediarem torneios da FIFA, à luta contra o racismo e o resto das formas de discrimina­ção.

O presidente da FIFA explicou que o importante agora é conseguir que o futebol “o desporto mais popular do mundo, praticado e venerado por biliões de pessoas em todos os cantos do planeta”, seja “global de verdade”.

“A nossa principal missão é globalizar, populariza­r e democratiz­ar verdadeira­mente o futebol em benefício de todo o mundo. É esta a visão que quero transmitir até ao ano de 2023”, disse Infantino, que foi eleito presidente em 26 de Fevereiro de 2016, e reeleito a 5 de Junho de 2019.

O treinador da Selecção Nacional sénior feminina de futebol, Maninho Loide, mostrou-se preocupado, ontem, com as ausências injustific­adas de algumas atletas convocadas para os trabalhos de preparação, visando o jogo com a similar do Congo, no dia 7 de Abril, às 16h00, no Estádio Municipal dos Coqueiros, na Baixa de Luanda.

A partida é referente à primeira mão da preliminar de apuramento para a fase final da XII edição do Campeonato Africano das Nações (CAN), a ser disputada de 23 de Novembro a 20 de Dezembro, em país a indicar pela Confederaç­ão Africana de Futebol (CAF).

“Ainda não estou satisfeito com o grupo, porque está incompleto. É preciso que todas compareçam, para sabermos com quem devemos contar”, declarou no final da sessão de treino, realizada no Estádio da Cidadela.

Maninho Loide, nitidament­e

Nacional estreou-se, numa fase final do Campeonato Africano das Nações (CAN), em 2002, na Nigéria, tendo sido orientada pelo treinador Miller Gomes, actual director técnico da Federação Angolana de Futebol (FAF).

Nesta competição, Angola ocupou a terceira posição do Grupo B, com dois pontos, à frente do Zimbabwe no quarto lugar também com dois. A Selecção Nacional ficou em vantagem devido ao coeficient­e de golos.

Os Camarões classifica­ramse no segundo posto, com quatro pontos, atrás das sul-africanas na irritado, solicitou com urgência a comparênci­a das atletas convocadas, principalm­ente as de Luanda. “Espero que todas as jogadoras compareçam o mais rapidament­e possível, para integrarem a preparação, porque preciso avaliar como estão fisicament­e”, disse o treinador, preocupado com as faltosas.

Das convocadas, realce para as ausências de Arminda Lopes, Jacinta, Rita, Ngonguita e Wadada. A primeira atleta mudou-se para a cidade do Huambo, onde representa a equipa de futsal do Chapesseca, ao lado das companheir­as Rita e Ngonguita, também residentes no Planalto Central.

Já Wadada, que reside no Cunene, aguarda pela convocatór­ia do Departamen­to Técnico das Selecções Nacionais. De acordo com a equipa técnica, Jacinta está a recuperar de hemorróida­s.

Pelo que a nossa reportagem apurou ontem, no treino realizado na Cidadela, a equipa técnica vai contar apenas com as referidas jogadoras na primeira posição, com sete. Na ronda inaugural do grupo, Angola e Zimbabwe empataram a uma bola, no Estádio Oghara. Irene Gonçalves abriu o marcador para a Selecção Nacional, mas Esther Talent Zulu igualou a partida.

Para a segunda jornada, as Welwitschi­as Mirabilis voltaram a empatar, mas diante da África do Sul, por um golo. Lydia Monyepao colocou as sul-africanas em vantagem, mas Jacinta Ramos “Guigui” restabelec­eu a igualdade.

No Estádio Oghara, Angola perdeu com os Camarões, por 0-1, em jogo da terceira e última jornada. Para chegar à fase final do CAN, na primeira eliminatór­ia a Selecção Nacional afastou a similar da Guiné Equatorial, por 6-1, no cômputo de duas partidas.

Na segunda e última eliminatór­ia, as angolanas venceram as congolesas democratas (RDC), por 1-0, no Estádio dos Coqueiros, referente à primeira mão, com tento solitário de “Guigui”.

No desafio de resposta, Angola perdeu com a RDC pelo mesmo “score”, em Kinshasa, mas qualificou-se através da marcação de grandes penalidade­s (5-4).

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ANGOP
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A Selecção

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