Meia volta por excesso
As paragens
de mini-autocarros que fazem a rota LubangoNamibe estavam apinhadas de pessoas desde a madrugada. Houve gente que ali pernoitou na expectativa de conseguir um lugar logo cedo e seguir para Moçâmedes.
O responsável do parque da “Hyundai”, Zeferino da Costa, explicou que as viaturas, do horário das 3h00 e das 6h00 da manhã, chegaram ao Namibe sem problemas. O problema começou depois deste período, quuando os mini-autocarros foram ordenados a voltar ao Lubango.
Bartolomeu Filipe explicou que regressou com os passageiros, por ordem das autoridades policiais destacadas no controlo das Mangueiras, no Namibe, por alegado excesso de lotação. “Assim não dá. Fomos orientados, pelos agentes aqui no parque, a levar 13 passageiros. Mas postos no controlo das Mangueiras, infelizmente, recebemos ordem parta dar meia volta. Prefiro encostar o carro e ir para casa, do que sofrer esta humilhação”, desabafou. Já Albino Guiné, também motorista, considera “caótica” a situação, por condicionar o regresso a casa de muitas pessoas do Namibe, confinadas no Lubango por força da Lei. Para os motoristas, houve excesso de zelo por parte das autoridades policiais da província do Namibe.
“É difícil. Levei 13 passageiros, mas regressei à Huíla, por ordem da Polícia. Estes autocarros estão parados porque os donos não querem sujeitar-se à confusão. Ninguém quer arriscar seguir com poucos passageiros e depois ser obrigado a regressar com eles”, disse Albino Guiné, que reduziu o número de passageiros para tentar uma segunda vez. O parque da “Hyuundai tinha, sábado, muitos autocarros estacionados, por decisão dos proprietários, que consideram o número de passageiros irrisório para compensar os custos da viagem.