Jornal de Angola

Forças do Chade deixam as operações conjuntas

-

O Exército chadiano, envolvido na luta contra os jihadistas no Sahel e no Lago Chade, vai deixar de participar em operações militares fora das fronteiras do país, anunciou o Presidente Idriss Déby Itno, num discurso televisivo citado pela AFP.

“Os nossos soldados morrem no Lago Chade e pelo Sahel. A partir de hoje, nenhum soldado chadiano participar­á numa operação militar fora do país”, declarou o Chefe de Estado à televisão local, num discurso à Nação.

O Presidente falou desde Bagassola, território chadiano onde instalou há quase duas semanas o posto de comando de uma operação contra o grupo Boko Haram, no Lago Chade.

Enviado a 31 de Março, o Exército anunciou que tinha concluído a operação na quarta-feira, ao expulsar os jihadistas do solo nacional - que estão agora no território do Níger e da Nigéria -, e que resultou na morte de mil supostos terrorista­s e de 52 homens das forças chadianas. A operação foi lançada pelo Presidente Déby Itno para vingar o ataque de 23 de Março contra o Exército chadiano, no qual morreram 100 soldados em 24 horas, na península de Bohoma.

Na quinta-feira, o Presidente avisou o Níger e a Nigéria que as suas tropas iam deixar as bases tomadas aos jihadistas naqueles território­s, quer os seus exércitos tomassem conta ou não.

O Exército chadiano, considerad­o um dos mais eficazes da região, interveio nesta operação com a Força Multinacio­nal Mista (FMM), lançada em 2015 com outros três países (Nigéria, Níger e Camarões) para combater o Boko Haram.

Além disso, opera, também, numa aliança conjunta do G5 Sahel, juntamente com o Mali, Burkina Faso, Níger e Mauritânia, contra os jihadistas, e é um aliado essencial da operação Barkahne, uma missão das Forças Armadas francesas no Mali.

 ?? DR ?? As forças chadianas expulsaram os jihadistas do país
DR As forças chadianas expulsaram os jihadistas do país

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola