Conselheiro do Presidente tunisino apresenta demissão
O general reformado, Mohamed Salah Hamdi, conselheiro para a Segurança do Presidente tunisino, anunciou a demissão, através da conta Facebook, noticiou a Agência France Press.
Dando as razões que o levaram a demitir-se e a deixar a Presidência, o general Hamdi declarou que tornouse num conselheiro que não se consulta. "Deploro ter anunciado eu próprio a minha demissão como primeiro conselheiro para a Segurança do Presidente, depois de ter esperado 15 dias, por respeito institucional, porque pedi, pela primeira vez, a minha demissão a 10 de Março, antes de a retirar a 16 do mesmo mês.
Na ausência de um comunicado oficial, encontreime com o Presidente Kais Saied para o informar da minha saída da Presidência da República”, escreveu.
Depois de ter garantido que a relação com o Presidente da República era exemplar e baseada no respeito mútuo, o general Hamdi deplorou o seu isolamento desde as últimas mudanças a nível do gabinete presidencial.
"As actividades que estavam no centro da minha função tratavam-se sem que fosse consultado. Sou informado no último momento, e às vezes pela imprensa”, acrescentou o general.
"Como explicar, por exemplo, a minha ausência na audiência consagrada à demissão do ministro do Interior e da Defesa, ou ainda a minha ausência quando a ministra da Saúde interina foi convocada na Presidência no início da propagação do novo coronavírus?", interrogou-se, afirmando que informou o Presidente sobre estas práticas.
O general Hamdi explicou que se demitiu porque não aceitou delegar os seus poderes a quem quer que fosse, afirmando que não estava pronto para aceitar que seja descartado das suas prerrogativas e que se contorne o seu parecer em várias questões ligadas à Segurança Nacional.