Jornal de Angola

Igrejas em oração e jejum

- Edivaldo Cristóvão

Líderes de várias congregaçõ­es religiosas juntaramse, ontem, em Luanda, para uma corrente de oração em jejum, pedindo a Deus para eliminar a pandemia da Covid-19 de Angola.

A cerimónia ecuménica, que juntou cerca de 15 líderes religiosos, teve início às 7h00 e terminou às 12h00. As orações, sob o lema “Em nós não há forças para resistir”, foram feitas em português e línguas nacionais, com transmissõ­es em directo na Televisão Pública de Angola (TPA) e na Rádio Nacional de Angola (RNA).

Durante o acto, o padre da Igreja Católica Celestino Epalanga implorou de forma humilde a Deus para olhar aos pobres, sobretudo aos irmãos que estão nas cadeias e que padecem de várias enfermidad­es.

O líder da Igreja Tocoísta, Dom Afonso Nunes, lembrou que o Domingo da Páscoa é o dia da vitória da morte sobre a vida, em que Jesus Cristo ressuscito­u para a salvação dos homens. Estando o mundo a passar por um momento difícil e complexo, Dom Afonso Nunes sublinhou que as igrejas reuniram para pedir ajuda a Deus, no sentido de ter misericórd­ia do Seu povo e aliviar o sofrimento daqueles que passam por dificuldad­es.

O bispo da Igreja Tocoísta destacou o acto solene, que juntou várias denominaçõ­es religiosas, marca um momento histórico da vida nacional, numa altura em que o mundo está a ser invadido por um vírus mortal de uma maneira inesperada, em que nem mesmo médicos e cientistas alguma vez imaginaram.

A secretária-geral do

Conselho de Igrejas Cristãs de Angola, Deolinda Dorcas Teca, afirmou que esta união é uma comunidade de fé, onde todos oram por uma só causa, a de pedir a Deus que salve o mundo da Covid-19. Reafirmou ser responsabi­lidade dos cristãos orar para que o vírus desapareça e as mortes cessem. “Não devemos ver esta situação apenas como um problema da medicina. Todas as forças têm de estar mobilizada­s em orações e acções para que este mal desapareça, tal como Jesus Cristo venceu a morte na cruz”, profetizou.

A líder da Igreja Teosófica, Suzeth João, desafiou “os homens deste tempo a se humilharem perante o Senhor, para que Deus, o Criador de todas as coisas visíveis e invisíveis, conceda a graça ao mundo, em geral, e a Angola, em particular, neste momento difícil por que passam as famílias”.

Em nome de Jesus, a profetiza pediu aos angolanos a terem fé e esperança, a não desesperar­em, porque não há mal que dure para sempre. Se o pensamento for positivo, é mais fácil atrair a destruição do mal. “Que Deus continue a abençoar Angola e o continente africano”, concluiu.

O presidente da Comunidade Islâmica de Angola, Cheikh Mateta Nzola, alertou que este é o momento de pedir a Deus para acabar com as preocupaçõ­es por que o mundo está a passar.

O reverendo e pastor da Igreja Metodista em Angola Vlademir Agostinho explicou que este encontro foi uma concertaçã­o entre os líderes religiosos, destacados pelo CICA, pelas igrejas Católica, Tocoísta, Teosófica, Assembleia de Deus Pentecosta­l e Comunidade Islâmica, para um momento de oração nacional em jejum.

Referiu que o momento serviu para todos os angolanos orarem, sem distinção de raça, ideologia política ou religiosa, com a intenção de buscar a presença do Senhor para curar e sarar Angola.

O director do Instituto Nacional para os Assuntos Religiosos, Francisco de Castro Maria, considerou louvável e pertinente a ideia de juntar várias igrejas para pedir a Deus o fim da pandemia da Covid-19.

Referiu que as igrejas sempre representa­ram este papel em momentos de crise.

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PAULO MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBRO
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PAULO MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBRO Líderes de várias denominaçõ­es religiosas manifestam a fé cristã

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