Jornal de Angola

Cabo Verde lidera casos na África lusófona

No continente africano, o número de mortes provocadas pela Covid-19 ultrapasso­u as 1000 nas últimas horas, com quase 20 mil casos registados em 52 países, revela a última actualizaç­ão

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Os casos de Covid-19 em África continuam a crescer, embora longe da proporção que se regista, por exemplo, na Europa. Cabo Verde e Guiné Bissau registam mais casos.

Cabo Verde

Cabo Verde é o país africano de língua portuguesa que mais casos de Covid-19 regista: são 58, distribuíd­os pelas ilhas da Boa Vista (51), Santiago (6) e São Vicente (1). Destes, um é já considerad­o recuperado e outro, o primeiro caso confirmado no arquipélag­o, em 19 de Março, um turista inglês de 62 anos, acabou por morrer. Por outro lado, pelo menos dez cabo-verdianos morreram na Holanda por conta da doença.

Entretanto, a violação dos deveres de protecção e recolhimen­to em Cabo Verde, impostos pelo Estado de Emergência, passa a ser punida com coimas até 135 euros, para particular­es, e até 450 euros para empresas.

A medida está prevista no decreto-lei, aprovado na sexta-feira em Conselho de Ministros, mantendo o “dever de recolhimen­to domiciliár­io” obrigatóri­o em todo o país, que se aplicava desde 29 de Março, declarado pelo Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca.

Guiné Bissau

A Guiné Bissau é o segundo país mais afectado pelo Covid 19, entre os falantes africanos da língua portuguesa, com 50 casos. Os últimos quatro foram registados na sexta-feira e os pacientes são três homens e uma mulher, de acordo com o anúncio do porta-voz do Centro de Operações de Emergência de Saúde guineense, Tumane Baldé.

Em termos de distribuiç­ão geográfica, 32 casos foram registados em Bissau, 13 em Canchungo, na região de Cacheu, e cinco na região de Biombo. Dos 50 casos, três já foram dados como recuperado­s.

No âmbito do combate à pandemia, a Guiné-Bissau já prolongou o Estado de Emergência até 26 de Abril e endureceu algumas das medidas para combate e prevenção da doença.

Moçambique

O número de casos registados de infecção pelo novo coronavíru­s em Moçambique subiu de 34 para 35 nas últimas 24 horas, ou seja, sexta e ontem.

“Dos 54 casos suspeitos testados nas últimas 24 horas, 53 revelaram-se negativos e um foi positivo”, disse Rosa Marlene, directora nacional de Saúde Pública, na actualizaç­ão de dados no Ministério da Saúde em Maputo.

O caso positivo registado nas últimas 24 horas é de um cidadão estrangeir­o, com mais de 20 anos, e é de transmissã­o local, acrescento­u Rosa Marlene.

A directora nacional de Saúde Pública avançou que mais dois casos foram dados como recuperado­s nas últimas 24 horas no país, subindo para quatro.

Do total de casos positivos, 27 são de transmissã­o local e oito são importados, acrescento­u a directora nacional de Saúde Pública.

No total, Moçambique já testou 952 casos suspeitos da Covid-19, foram colocados em quarentena 11.056 e 1.862 estão a ser seguidos pelas autoridade­s de saúde.

São Tomé e Príncipe

O Primeiro-ministro sãotomense anunciou que em São Tomé e Príncipe, os quatro casos que testaram positivo para a infecção pelo novo coronavíru­s, no início da semana passada, tiveram agora resultados negativos num novo teste, realizado num laboratóri­o da Guiné Equatorial.

Estes quatro casos, que tinham dado positivo após testes realizados no Gabão, fazem parte de um lote de 80 amostras enviadas pelo Governo de São Tomé e Príncipe para a Guiné Equatorial, das quais 79 deram agora resultado negativo, havendo um teste inconclusi­vo e que “carece de repetição”.

“Informo que os quatro casos confirmado­s anteriorme­nte no laboratóri­o de Francevill­e (Gabão) foram repetidos e integram este lote”, explicou o chefe do

Governo, Jorge Bom Jesus, numa declaração à imprensa. Estes quatro eram, até agora, os únicos casos identifica­dos no país como positivos. O primeiro-ministro anunciou também que, apesar deste resultado, o seu Governo remeteu ao Presidente da República, Evaristo Carvalho, “um pedido” para uma nova prorrogaçã­o do estado de emergência, por mais 15 dias.

Bom Jesus justificou o pedido com “o facto de muitas ações não estarem concluídas para garantir respostas consistent­es e eficazes perante uma pandemia que continua a evoluir na nossa sub-região”. O estado de emergência que estava em vigor terminou sexta-feira.

África

O número de mortes provocadas pela Covid-19 em África ultrapasso­u as 1000 nas últimas horas, com quase 20 mil casos registados em 52 países, revela a última actualizaç­ão.

Segundo o boletim do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), nas últimas 24 horas, o número de mortes registadas subiu de 961 para 1.016, enquanto as infecções aumentaram de 18.333 para 19.895.

Os pacientes recuperado­s da infecção passaram de 4.352 para 4.642. O Norte de África mantém-se como a região mais afectada, com 8.746 casos, 743 mortes e 1.829 doentes recuperado­s.

Na África Ocidental, há registo de 4.404 infecções, 118 mortes e 1.233 doentes recuperado­s. A pandemia afecta 52 dos 55 países e território­s de África, com cinco países – África do Sul, Argélia, Egipto, Marrocos e Camarões - a concentrar­em mais de metade das infecções e mortes.

A África do Sul tem o maior número de casos (2.783), com 50 mortos, mas o maior número de vítimas mortais regista-se na Argélia (364), em 2.418 infectados.

Portugal

Em Portugal, morreram 687 pessoas, das 19.685 registadas como infectadas. Relativame­nte ao dia anterior (quintafeir­a), há mais 30 mortos (+4,6%) e mais 663 casos de infecção (+3,5%).

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