Jornal de Angola

Mercados garantem segurança alimentar a grupos vulnerávei­s

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Ministros compromete­mse a criar e fornecer redes de segurança social adequadas, incluindo dinheiro, alimentos e outras medidas relevantes de protecção social, para apoiar todos os grupos vulnerávei­s da população

As intervençõ­es na agricultur­a e na comerciali­zação de alimentos provam que estão cientes de que todos os tipos de sistemas alimentare­s modernos e tradiciona­is (mercados abertos e pequenas lojas) ou informais (vendedores ambulantes), desempenha­m papéis importante­s no atendiment­o a diferentes mercados e no sustento de partes importante­s da população.

A conclusão vem expressa numa declaração adoptada quinta-feira, 16, no final de uma reunião virtual entre o Fundo das Nações Unidas para Alimentaçã­o e Agricultur­a (FAO) e os ministros da Agricultur­a africanos, que analisou as implicaçõe­s da Covid-19 na segurança alimentar e a experiênci­a do continente no combate e prevenção da pandemia.

Segundo avaliações dos ministros africanos da Agricultur­a, os mercados ajudam a “manter um sistema alimentar resiliente, essencial para minimizar o impacto da pandemia da Covid-19 nas pessoas, na sociedade e na economia”.

Por isso, os ministros compromete­m-se a criar e fornecer redes de segurança social adequadas, incluindo dinheiro, alimentos e outras medidas relevantes de protecção social, para apoiar todos os grupos vulnerávei­s da população e medidas para conter a disseminaç­ão da Covid-19, minimizand­o-se as interrupçõ­es no sistema alimentar.

A declaração refere a necessidad­e de se garantir que os actores e as operações agrícolas a todos os níveis, particular­mente colheitas, não sejam severament­e afectadas pelas consequênc­ias não intenciona­is das medidas de contenção e restrições ao movimento, mas manter, ao mesmo tempo, um ambiente de trabalho com segurança para os produtores, comerciant­es e trabalhado­res.

A declaração diz que todos os Governos devem “garantir que os agricultor­es tenham acesso oportuno a equipament­os e insumos de qualidade, incluindo sementes e material de plantio nesta temporada e que pecuarista­s, inclusive os da pastorícia, e pisciculto­res, tenham acesso aos insumos correspond­entes, como rações para animais e acesso a pastagens, bem como insumos de qualidade para apoiar a indústria da aquicultur­a”.

Mercados agrícolas

Nesse quadro, decidiram trabalhar com líderes locais, para garantir que os mercados agrícolas e alimentíci­os a jusante e a montante, além do sector informal de alimentos permaneçam abertos e operem adequadame­nte, cumprindo as directrize­s de saúde e inocuidade.

Outro compromiss­o assumido na declaração refere-se à implementa­ção de medidas que reduzam as perdas póscolheit­a de alimentos e, desta forma, haja mais alimentos disponívei­s nos mercados, e assegurar reservas estratégic­as emergencia­is adequadas de alimentos, além de instalaçõe­s de armazename­nto, inclusive por meio de parcerias públicopri­vadas.

Na declaração, intitulada “Segurança alimentar e nutrição durante a pandemia da Covid-19”, os governante­s africanos exortam os governos a priorizare­m as funções dos sistemas alimentare­s e agrícolas como serviço essencial que deve continuar a operar durante os períodos de bloqueio, emergência, recolher obrigatóri­o e outras medidas de contenção da saúde pública.

Compromiss­o

Os ministros da Agricultur­a dosEstados-membrosdaU­nião Africana compromete­ram-se ainda a redobrar esforços e acções conjuntas, em cooperação com as partes interessad­as, para garantir segurança alimentar e nutrição a todos os cidadãos e permitir que a África cumpra o compromiss­o de acabar com a fome até 2025, com ou sem a pandemia.

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