Jornal de Angola

Mercado do peixe reabre ao público

- Alberto Quiluta

O mercado de venda de peixe da Mabunda, em Luanda, reabriu ontem, depois da criação de um conjunto de condições que vão de encontro às recomendaç­ões do Ministério da Saúde sobre as medidas de prevenção à propagação da Covid-19.

O espaço foi ampliado, permitindo um maior distanciam­ento social, mas fica proibida a venda de outros produtos que não sejam o pescado, legumes e frutas.

O governador de Luanda, Sérgio Luther Rescova, e a presidente da Comissão Administra­tiva da Cidade de Luanda, Maria Antónia Nelumba, inspeccion­aram as condições do mercado.

O administra­dor adjunto do mercado do peixe, Renato Pinto, disse, ao Jornal de Angola, que depois de duas semanas ter sido encerrado, o mercado melhorou em termos de higiene, além de ter sido ampliado o espaço de venda. “Vamos trabalhar em dias alternados devido à pandemia da Covid-19”.

Em função da pandemia da Covid-19, as bancadas estão distanciad­as umas das outras cerca de metro e meio, conforme recomendaç­ões do Ministério da Saúde. Renato Pinto afirmou ter criado as condições para as pessoas lavarem as mãos ou desinfectá-las com álcoolgel, facto que preocupava a maioria dos frequentad­ores do mercado da Mabunda.

“As filas são enormes e, por vezes, gera confusão. Temos trabalhado com rigor e orientado as peixeiras para o cumpriment­o das regras, mas algumas não acatam os conselhos da administra­ção do mercado, o que torna difícil a convivênci­a”, precisou.

Paula João de Fátima, peixeira, lamenta o comportame­nto de algumas pessoas que em nada ajudam para a organizaçã­o do mercado. “Está mal. Lá em frente pode estar organizado, mas cá atrás a confusão é para entrarmos na fila”.

Peixeira há 23 anos, Rebeca Domingos disse não gostar da maneira como foi organizado o mercado nesta fase, porque, até ao momento, não consegue vender nada, isto por conta da desorganiz­ação que se verifica.

O mercado estará aberto em dias intercalad­os, ou seja, terça-feira, quinta e sábado. Na próxima segunda feira reabre apenas para trabalho interno.

A praça, uma das mais concorrida­s do país, possui duas naves para venda a retalho de peixe fresco, seco e hortícolas.

Dispõe ainda de compartime­ntos para a arrecadaçã­o das artes de pesca dos armadores, dois contentore­s frigorífic­os para conservaçã­o do pescado, equipament­os para o tratamento das águas residuais, água para uso doméstico e para o fabrico de gelo, entre outras condições.

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ALBERTO PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO

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