Mercado do peixe reabre ao público
O mercado de venda de peixe da Mabunda, em Luanda, reabriu ontem, depois da criação de um conjunto de condições que vão de encontro às recomendações do Ministério da Saúde sobre as medidas de prevenção à propagação da Covid-19.
O espaço foi ampliado, permitindo um maior distanciamento social, mas fica proibida a venda de outros produtos que não sejam o pescado, legumes e frutas.
O governador de Luanda, Sérgio Luther Rescova, e a presidente da Comissão Administrativa da Cidade de Luanda, Maria Antónia Nelumba, inspeccionaram as condições do mercado.
O administrador adjunto do mercado do peixe, Renato Pinto, disse, ao Jornal de Angola, que depois de duas semanas ter sido encerrado, o mercado melhorou em termos de higiene, além de ter sido ampliado o espaço de venda. “Vamos trabalhar em dias alternados devido à pandemia da Covid-19”.
Em função da pandemia da Covid-19, as bancadas estão distanciadas umas das outras cerca de metro e meio, conforme recomendações do Ministério da Saúde. Renato Pinto afirmou ter criado as condições para as pessoas lavarem as mãos ou desinfectá-las com álcoolgel, facto que preocupava a maioria dos frequentadores do mercado da Mabunda.
“As filas são enormes e, por vezes, gera confusão. Temos trabalhado com rigor e orientado as peixeiras para o cumprimento das regras, mas algumas não acatam os conselhos da administração do mercado, o que torna difícil a convivência”, precisou.
Paula João de Fátima, peixeira, lamenta o comportamento de algumas pessoas que em nada ajudam para a organização do mercado. “Está mal. Lá em frente pode estar organizado, mas cá atrás a confusão é para entrarmos na fila”.
Peixeira há 23 anos, Rebeca Domingos disse não gostar da maneira como foi organizado o mercado nesta fase, porque, até ao momento, não consegue vender nada, isto por conta da desorganização que se verifica.
O mercado estará aberto em dias intercalados, ou seja, terça-feira, quinta e sábado. Na próxima segunda feira reabre apenas para trabalho interno.
A praça, uma das mais concorridas do país, possui duas naves para venda a retalho de peixe fresco, seco e hortícolas.
Dispõe ainda de compartimentos para a arrecadação das artes de pesca dos armadores, dois contentores frigoríficos para conservação do pescado, equipamentos para o tratamento das águas residuais, água para uso doméstico e para o fabrico de gelo, entre outras condições.