Jornal de Angola

Troca de nome

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Quando um cardeal é eleito Papa, ele escolhe um nome para ser chamado durante o seu pontificad­o. O Papa Francisco, por exemplo, chama-se Jorge Mário Bergólio. Já se perguntou por que razão eles trocam de nome?

Segundo “Aleteia”, uma plataforma online de mídia social digital, disponível em oito idiomas (português, inglês, francês, espanhol, italiano, árabe, polonês e esloveno), que tem por foco conteúdo, notícias e informaçõe­s voltadas ao público católico e simpatizan­tes, esta tradição remonta há seculos. Acredita-se que a escolha do novo nome pelo cardeal eleito pode estar motivada por vários aspectos, como, por exemplo, honrar algum dos seus predecesso­res.

Uma vez eleito Papa, o cardeal eleito é questionad­o pelo cardeal decano por que nome quer ser chamado.

Até o ano 532, narra a plataforma,todos os sucessores de São Pedro (apóstolo de Jesus Cristo, considerad­o o primeiro Papa), usaram seus nomes de baptismo. Além do nome, indicava-se a sua procedênci­a: Anacleto Romano, Evaristo o Grego, Lino de Tuscia.

Entretanto, tudo mudou quando, em 31 de Dezembro de 532, um homem eleito Papa chamava-se Mercúrio.

Mercúrio era, de acordo com “Aleteia”, um nome pagão (é o nome romano do deus grego Hermes). Em função disso, o novo Sumo Pontífice teve de trocar de nome. Passou a chamar-se João II, em honra ao seu predecesso­r, João I, um mártir.

A partir desse momento, muitos dos seus sucessores o imitaram e começaram a trocar o nome de baptismo pelo dos Apóstolos, mártires ou outros papas.

Desde então, apenas dois papas mantiveram o seu nome de baptismo:

Adriano VI e Marcelo II.

Até hoje, os nomes mais usados foram João (23), Gregório (16),

Bento (16), Clemente (14), Inocêncio (13), Leão (13) e Pio (12).

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