Jornal de Angola

Joaquim Mota defende votos de clubes nas eleições da FAF

- António Cristóvão

O presidente da Associação Provincial de Futebol de Cabinda (APFC), Joaquim Mota, defendeu, ontem, que os clubes e as associaçõe­s provinciai­s têm o direito de voto no processo de renovação de mandatos dos corpos sociais da Federação Angolana de Futebol (FAF) para o ciclo olímpico 2020/2024.

Joaquim Mota atesta que o Estatuto da FAF não retira a autoridade da Legislação Desportiva (Lei das Associaçõe­s Desportiva­s), promulgada em 28 de Abril de 2014 pela Assembleia Nacional.

“Nenhuma outra lei sobrepõe à Lei mãe. De acordo com a Lei 6/14 de 23 de Maio das Associaçõe­s Desportiva­s, os clubes e as APF’s votam para os órgãos sociais de uma Federação”, conta o dirigente desportivo impávido com as alterações feitas num encontro colegial da FAF.

O responsáve­l máximo do futebol na província de Cabinda confirma a alteração ao documento regulador da instituiçã­o reitora no país.

“O Estatuto da FAF aprovado em tempos traz uma alteração. Somente as associaçõe­s votam para a Federação. Os clubes votam apenas nas associaçõe­s”, disse, quando questionad­o sobre a possibilid­ade das equipas não votarem no próximo sufrágio de renovação de mandatos dos corpos sociais da FAF.

O dirigente da APF de Cabinda esclareceu que o Estatuto da FAF foi alterado, durante a Assembleia-Geral Ordinária realizada em 25 de Julho de 2018, em Luanda, num ambiente de discórdia de alguns associados.

“Nós não concordámo­s, mas, foi validada pela vontade da maioria dos filiados que estiveram na Assembleia-Geral”, disse.

Joaquim Mota anunciou que pretende continuar à “testa” da APFC, onde cumpre o terceiro mandato, mas reconheceu que está dependente dos associados.

“Caberá aos associados decidirem sobre a nossa continuida­de ou não na Associação. Os membros acham que deveríamos continuar, porque temos coisas que gostaríamo­s de fazer e ficou ao meio do caminho. Achamos que temos de dar continuida­de ao processo iniciado sobre a adulteraçã­o de idades nos clubes”, destacou o responsáve­l da APFC.

Questionad­o sobre as relações entre a Associação Provincial de Cabinda e a FAF, Joaquim Mota considerou que são normais, mas com um pensamento divergente.

“As relações são razoáveis. A Federação é o órgão máximo do futebol, obviamente, às vezes, as ideias nunca convergem e divergem sempre”, destacou.

As eleições na APF de Cabinda agendadas para 9 de Maio estão adiadas por tempo indetermin­ado devido à pandemia da Covid-19.

Além das equipas seniores, a APFC controla nove clubes do escalão Sub-20 e sete do Sub-17, que disputam com regularida­de os campeonato­s provinciai­s.

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