TERRORISMO
44 membros do Boko Haram morrem envenenados no Chade
Quarenta e quatro membros do grupo Boko Haram, feitos prisioneiros, durante uma operação das Forças Armadas do Chade, foram encontrados mortos, no fim- de- semana, anunciou, ontem, o procurador da República de N’Djamena, citada pela AFP.
“Na quinta-feira de manhã, os carcereiros comunicaram que 44 prisioneiros tinham sido encontrados mortos na cela”, disse Youssouf Tom à televisão nacional, de acordo com a AFO.
Os 44 prisioneiros faziam parte de um grupo de 58 elementos do Boko Haram, capturados numa operação das Forças Armadas chadianas contra grupos jiha
distas na zona do Lago Chade, no final de Março.
A autópsia feita a quatro dos 44 corpos encontrados revelou a ingestão de uma substância tóxica, segundo o Ministério Público, que abriu um inquérito. Os outros 40 corpos foram enterrados sem autópsia.
“A conclusão desta autópsia indica que houve consumo de uma substância letal, que produziu uma doença cardíaca em alguns e asfixia grave em outros”, disse o procurador Youssouf Tom.
“Os 58 presos tinham sido colocados numa única cela e não receberam alimentos nem bebidas durante dois dias”, declarou uma fonte dos serviços de segurança à AFP, sob condição de anonimato.
“É horrível o que aconteceu”, acrescentou, por seu lado, o Secretário-geral da Convenção Chadiana para a Defesa dos Direitos do Homem (CTDDH), Mahamat Nour Ahmed Ibedou.
Ahmed Ibedou acusou os funcionários prisionais de “trancar os prisioneiros numa pequena cela sem comida e sem água durante três dias por serem acusados de pertencer ao Boko Haram”. O ministro da Justiça do Chade, Djimet Arabi, assegurou que “não houve maus-tratos”.