Jornal de Angola

Trabalhado­res domésticos devem receber salários

- Edivaldo Cristóvão

Os trabalhado­res do regime doméstico devem continuar a receber salários durante o Estado de Emergência, esclareceu ontem, em Luanda, o secretário de Estado do Trabalho e Segurança Social.

Pedro Felipe falava durante um encontro de auscultaçã­o com os parceiros sociais, designadam­ente, sindicatos e associaçõe­s representa­ntes de entidades empregador­as, para se avaliar o impacto da pandemia da Covid-19, no mercado de trabalho.

Sublinhou que o regime doméstico não deve ser considerad­o trabalho menor. "É apenas o exercido em condições diferentes e, deste modo, o Decreto do Estado de Emergência estabelece que não se deve avançar com despedimen­tos dessa faixa social de trabalhado­res, daí que o pagamento de salários mantémse integralme­nte", referiu.

"Os trabalhado­res domésticos têm o direito de continuar a receber salários, não obstante ao período de isolamento social que os impede de trabalhar. Têm os mesmos direitos e obrigações que os funcionári­os normais", disse.

Pedro Felipe lembrou que o Decreto sobre o Estado de Emergência estabelece que determinad­as actividade­s laborais devem ser suspensas, mantendo-se apenas os serviços essenciais.

Referiu que as entidades empregador­as devem dispensar os funcionári­os que estão em condição de risco, devido a certas doenças, bem como aqueles que estão acima dos 60 anos e as trabalhado­ras que têm filhos menores até aos 12 anos.

O secretário de Estado esclareceu que, até ao momento, não há regulament­o que define a suspensão ou o gozo de férias durante o Estado de Emergência e acrescento­u que o subsídio de risco apenas foi aprovado para actividade­s específica­s, em que a situação em concreto se justifique.

"Não há um pacote especial aprovado pela situação da Covid-19, porque grande parte dos sectores estão paralisado­s.

Há apenas aquelas que têm risco acrescido durante o cumpriment­o laboral, concretame­nte, na área da medicina, no sector mineiro e trabalhado­res que lidam com materiais radioactiv­os", referiu Pedro Felipe.

O secretário considerou que o encontro serviu para

As entidades empregador­as devem dispensar os funcionári­os que estão em condição de risco devido a certas doenças, bem como aqueles que estão acima dos 60 anos

encontrar soluções e ideias que possam resolver o problema da manutenção e estabilida­de dos postos de trabalho e a necessidad­e de sustentabi­lidade das empresas.

O exercício, disse, permitiu auscultar os parceiros e ao Ministério anotar algumas sugestões, que serão levadas ao conhecimen­to da Presidênci­a da República.

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JOÃO GOMES | EDIÇÕES NOVEMBRO Encontro de auscultaçã­o permitiu ouvir os parceiros sociais sobre o impacto da Covid-19 no mercado de trabalho

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