Agência afasta evidências de contaminação por animais
Os novos estudos
feitos pela agência de saúde francesa (ANSES) ainda não detectaram "nenhuma evidência" sobre a possibilidade de os animais de estimação infectados com o novo coronavírus contaminarem os seres humanos, anunciou ontem a entidade.
A ANSES destacou que os casos de infecção de animais domésticos "permanecem esporádicos e isolados, devido à forte circulação do vírus no homem", revelando que as primeiras experiências realizadas em animais mostram que os cães são "pouco receptivos" à Covid-19.
Os investigadores consideram ser provável que os gatos, principalmente os jovens, sejam contaminados, bem como furões e hamsters, que também desenvolvem sinais clínicos ao serem experimentalmente infectados.
Ainda assim, "nenhum caso de contaminação humana por animal de estimação foi relatado até ao momento", e actualmente não há nenhuma evidência científica sobre a capacidade de transmissão do SARS-CoV-2 de um animal doméstico para o dono, realçou a ANSES, que no início de Março já tinha divulgado o mesmo tipo de conclusão.
Desde que surgiu o novo coronavírus, alguns casos de animais domésticos foram publicamente reportados como tendo apresentado resultados positivos, incluindo dois cães e um gato em Hong Kong e um gato na Bélgica, levantando preocupações sobre a possibilidade de transmissão aos humanos.
Para prevenir qualquer risco, a Agência Francesa de Alimentos, Meio Ambiente e Saúde e Segurança Ocupacional (ANSES), pediu que se respeitem algumas regras de higiene, como lavar as mãos com sabão depois de acariciar um animal, ou após fazer a manutenção da sua cama, e evitar o contacto próximo no rosto. Também aconselha a que, caso uma pessoa esteja infectada, que não fique em contacto com o animal de estimação, para preservá-lo.