Vendedores de peças sob pressão
Os vendedores de peças automóveis associados à AIA enfrentam, neste momento, uma forte pressão face aos desafios de manter os empregos gerados com as actividades paralisadas devido os efeitos da Covid-19 na economia, particularmente no sector dos Transportes.
Considerando vital a actividade dos transportes, seja na mobilidade de carga, seja na de pessoas, o empresário Rogério Silva admite existir interrogações profundas entre o que se pretende e o que se pode garantir. Assume existirem áreas totalmente fechadas, sem produtividade nem geração de renda.
Experiente e bastante conhecido nas lides da gestão desportiva, Rogério Silva advoga como necessário a redefinição de estratégias para que o Estado e parceiros consigam dar resposta às preocupações do momento. “As preocupações que os empresários agora têm são as causadas pela quase paralisação total do país, sobretudo com o desafio do Governo de termos todos de preservar os empregos, sem, contudo, existir receita para o mesmo fim”, disse.
Rogério Silva explica que as medidas tomadas para incentivo às empresas são óptimas, mas nem todos os sectores foram abrangidos.
Referiu, por exemplo, que se as oficinas podem trabalhar, as casas de venda de peças já não o fazem. Deste ponto de vista, as empresas paralisadas precisam de medidas adicionais para que elas também possam beneficiar de todo um conjunto de incentivos.
O empresário lembra que as vendas de automóveis baixaram ou quase deixaram de existir, só para citar, e as obrigações fiscais e salariais destes operadores devem ser reequacionadas. Entre as soluções que devem ser colocadas por cima da mesa, pede que se reveja o pagamento do Imposto Industrial das firmas do grupo B para o segundo semestre ao invés de Maio como ficou determinado pela AGT.
A diminuição da sinistralidade rodoviária, para Rogério Silva, passa também pela realização de inspecção periódica das viaturas em circulação. Essa medida, para ele, é de vital importância ao sector dos Transportes.