Polícia prende 22 cidadãos envolvidos em amotinação
Na sequência das acções operacionais foram recuperados dois computadores, numa altura em que o MPLA se mostra indignado com os actos de vandalização de infra-estruturas, sociais, protagonizados por supostos vendedores do mercado informal de Caluquembe
A Polícia Nacional já deteve 22 cidadãos envolvidos em tumultos ocorridos na passada sexta-feira no município de Caluquembe, província da Huíla, que provocaram danos à sede da Administração Municipal, à sede do MPLA, às instalações da polícia e dos bombeiros e ao Colégio Pitágoras.
Na sequência das acções operacionais da Polícia Nacional foram igualmente recuperados dois computadores subtraídos do Colégio Pitágoras, durante os actos de vandalismo. O delegado provincial do Ministério do Interior, comissário Divaldo Martins, apelou à população no sentido de cooperar com as autoridades, acatando as medidas de prevenção, e garante que as Forças da Ordem assumem o compromisso de manter a lei e a tranquilidade públicas.
Entretanto, o MPLA na Huíla mostrou-se ontem indignado com os actos de vandalização de infra-estruturas protagonizados por supostos vendedores do mercado informal do município de Caluquembe.
Numa nota de imprensa dirigida ao Jornal de Angola, o MPLA refere que “foi com sentimento de tristeza que a Comissão Executiva do Comité Provincial tomou conhecimento do acto de vandalismo, praticado por um grupo de cidadãos (vendedores) residentes na sede do município de Caluquembe”.
Os cidadãos em causa, salienta a nota, desafiando as medidas estabelecidas pelas autoridades locais, exigidas pelo Estado de Emergência que vigora no país, empunharam armas brancas e outros objectos contundentes e vandalizaram algumas instituições públicas, incluindo instalações da sede do Comité Municipal do MPLA.
O MPLA na província da Huíla, refere a nota, repudia veementemente a acção e apela à calma e serenidade, solicitando que as partes privilegiem o diálogo permanente, para que se encontre um denominador comum, com base num ambiente de harmonia e de sã convivência social, dentro dos marcos e ditames de um Estado Democrático e de Direito.
O MPLA exorta os seus militantes, simpatizantes e amigos, as organizações sociais (JMPLA e OMA) e a população em geral a cumprirem o Decreto Presidencial sobre o Estado de Emergência, bem como a observância das medidas higiénico-sanitárias de prevenção contra o novo Coronavírus, baixadas pela Organização Mundial da Saúde e pelas autoridades do país. O MPLA na Huíla reitera o “inequívoco compromisso do partido para com a paz, coexistência pacífica, respeito pelos órgãos de soberania e consolidação do espírito de unidade, tolerância e reconciliação nacional”, e reafirma o seu apoio incondicional ao Presidente da República, João Lourenço, “na materialização das políticas públicas que visam a melhoria das condições de vida das populações”.
A Comissão Executiva do Comité Provincial do MPLA na província da Huíla insta os órgãos competentes do Estado a tomarem medidas enquadradas nos ditames da lei e que os autores morais e materiais sejam responsabilizados civil e criminalmente.