Época da NBA pode ser cancelada devido à Covid
Comissário Adam Silver reiterou a intenção da Liga norteamericana cancelar a prova por não ter ideia do regresso
O pânico, o pessimismo e o medo estão instalados entre os comissários, dirigentes e com atletas e adeptos aos prantos face a possibilidade de encerramento, em definitivo, da “Regular Season” e, por arrasto, de toda a temporada da NBA, a Liga Profissional norte-americana de basquetebol, a mais mediática do mundo.
O horizonte intemporal e as esperanças de um controlo mais eficaz e célere da pandemia da Covid-19 fez soar o alarme diante da indefinição de retorno à competição.
Paralisada desde 11 de Março, a NBA entrou em queda e o manager mor, Adam Silver, ficou de mãos atadas face ao rol de problemas decorrentes das adversidades da situação.
Além dos prejuízos sociais e financeiros, em cima da mesa continuam duas “batatas quentes” por resolver, nomeadamente o da saúde e do pagamento dos honorários de toda a envolvente competitiva.
Ainda a recuperar de duas “grandes” tragédias - as mortes de David Stern e Kobe Bryant -, a NBA não parou e apresentava, a priori, tudo para uma época ao mais alto nível, pese as lesões de jogadores de primeira galáxia, casos de Kevin Durant, Stephen Curry e Klay Thompson, mas com o greco Giannis Antetokounmpo dos Milwaukee Bucks e LeBron James dos Los Angeles Lakers, no epicentro das atenções das Conferências Leste e Oeste.
O sonho de uma temporada brilhante desvanesceu com a “entrada em cena” do inimigo invisível à escala mundial, a Covid-19, quando foram detectados os primeiros casos de infecção. Na altura, as previsões apontavam para cerca de um mês de paralisação. A verdade é que a realidade face a expansão da pandemia aponta agora para um “buraco” maior e cada um ao seu jeito reinventa cenários para um fim de temporada imaculado.
Os mais optimistas prevêem a conclusão da fase regular em mês e meio, se tivermos em linha de raciocínio que cada equipa já jogou pouco mais de 60 partidas de um total de 82. Os mais pessimistas falam em cancelamento total, sem a declaração de um campeão, algo sem precedentes na história da NBA.
Seja qual for a solução, o prejuízo já é enorme, a rondar a casa dos 2 biliões de dólares. Os mais moderados defendem, entre as várias soluções, encurtar os “play- off”, concentrar as partidas em uma única cidade, enfim… mas nada está garantido e pela primeira vez é cogitado encerrar a actual temporada, fazendo eco às últimas conversas entre os dirigentes da NBA e o Sindicato de Jogadores, tentando encontrar a melhor opção, ou seja, a do cancelamento da época com o menor impacto económico.
Adam Silver espera “tirar da cartola” as poções mágicas para o pôs-coronavírus, mormente o formato ideal para o que resta da competição, mas ganha corpo a ideia que este ano o campeão será definido num modelo pouco comum.
Aliás, as temporadas da G-League e da NCAA já foram canceladas, e a NBA segue com proibições a treinos e todo um conjunto de actividades. Apesar disso, tudo ainda está no plano das hipóteses e apenas a evolução no combate ao COVID-19 vai poder ditar os próximos passos da NBA no que diz respeito ao retorno dos jogos.
Adam Silver deu sinais de um provável projecto de disputa para o retorno à competição na NBA, que passa por realizar as jornadas finais da temporada regular 2019/2020, cerca de 20 partidas para cada uma das 30 equipas.
De resto é inevitável não pensar no regresso da competição, mas há muitas questões por resolver se, por exemplo, a época só regressar em 2020/2021. E, as principais questões, caso a época termine no estado actual, a primeira é taxativa: quem é o Rookie do Ano? O prémio de Rookie do Ano, entregue ao jogador que está a fazer o seu primeiro ano na NBA e que mais se destacou, é um que normalmente um futuro All-Star ganha sempre. Ja Morant e Zion Williamson são os principais candidatos.
Outro imbróglio prendese com o campeão na época 2019/2020. Acabar a época sem coroar um campeão seria estranho... principalmente para os Toronto Raptors, que venceram o título o ano passado e nem teriam oportunidade de o defender, até porque continuam a ser candidatos.