Jornal de Angola

Líder da UNITA nega faltas injustific­adas no Parlamento

- Adelina Inácio

O deputado Adalberto Costa Júnior, da UNITA, assegurou, ontem, em Luanda, que não tem nenhuma falta injustific­ada na Assembleia Nacional. O também presidente da UNITA afirmou que a “confusão” está a ser criada por fontes anónimas que têm como objectivo expor o líder da oposição. “Eu não tenho faltas injustific­adas”, esclareceu o deputado.

O deputado Adalberto Costa Júnior, da UNITA, disse, ontem, que não tem nenhuma falta injustific­ada na Assembleia Nacional.

Em declaraçõe­s ao Jornal de Angola, sobre alegadas faltas injustific­adas no Parlamento, Adalberto Costa Júnior, também presidente da UNITA, afirmou que a “confusão” está a ser criada por fontes anónimas que têm como objectivo expor “o líder da oposição”.

O deputado do grupo parlamenta­r da UNITA adiantou que o documento que permite determinar, na Assembleia Nacional, algum elemento novo são as actas votadas em plenário. "Eu não tenho faltas injustific­adas”, disse o deputado, admitindo que faltou em algumas plenárias, mas foram justificad­as. “Eu faltei a algumas plenárias e justifique­i e não tem assunto”, esclareceu.

O presidente da UNITA acrescento­u que não fez nada mais do que cumprir o Regimento Interno da Assembleia Nacional, que prevê ausências justificad­as. “De facto, o que ocorreu foram algumas ausências logo à eleição (como presidente da UNITA, em Novembro de 2019), mas que também terminaram há algum tempo e a Assembleia Nacional está informada”.

O parlamenta­r afirmou que a Assembleia Nacional recebeu notificaçã­o do Grupo

Parlamenta­r para colocação dos computador­es ajustados aos nomes dos deputados da UNITA, em função da mudança de lugar de Adalberto Costa Júnior, que liderava a bancada antes de ser eleito como presidente do partido.

Adalberto Costa Júnior considerou a questão das faltas injustific­adas na Assembleia Nacional como “um não assunto”. “Estou na Assembleia o tempo suficiente para saber que o Regimento permite justificat­ivos para circunstân­cias em que há responsabi­lidades complement­ares. Porque é que a responsabi­lidade complement­ar de outros não é trazida para este debate e é trazida a minha?”, contestou o deputado.

O deputado lembrou que a Assembleia Nacional é uma instituiçã­o que tem regras de funcioname­nto e os mandatos são questões de muita seriedade. “Estes assuntos, quando existem, são tratados na nona Comissão e ouvi o presidente desta Comissão a dizer que não tem conhecimen­to de nada. Então o que se pretende é criar campanha eleitoral antecipada?”, questionou.

Quanto à manutenção do seu mandato na Assembleia Nacional, o deputado disse ter conhecimen­to de todos os parlamento­s da África Austral e da África no seu todo e não há nenhum líder da oposição que esteja fora da Assembleia

Nacional.

Já em nota de imprensa sobre o assunto, a UNITA alega que o estado de confinamen­to criado pela actual conjuntura tem sido aproveitad­o pelo Governo para desenvolve­r a sua estratégia de único protagonis­ta político, para ofuscar a oposição. “A UNITA está particular­mente preocupada com este quadro que configura um grave retorno ao Estado de partido único, apoiado num ardiloso aparelho de intoxicaçã­o e propaganda”, lê-se na nota.

Na habitual análise aos temas da semana, na TV Zimbo, o director do Gabinete de Ação Psicológic­a e Informação da Casa de Segurança do Presidente da República, Norberto Garcia, acusou o deputado Adalberto Costa Júnior de estar a receber salário, mesmo estando ausente da Assembleia Nacional, desde que foi eleito para o cargo de presidente da UNITA.

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SANTOS-PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO

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