Jornal de Angola

Comissão Multissect­orial aumenta competênci­as na prevenção individual

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O porta-voz da Comissão Provincial Multissect­orial para a Covid-19 defendeu, em conferênci­a de imprensa, realizada domingo em Saurimo, a actualizaç­ão de conhecimen­tos a todos os técnicos em funções nas distintas unidades sanitárias, para aumentar competênci­as na prevenção individual e melhorar a segurança durante o manuseio de pessoas infectadas. Viegas de Almeida manifestou-se preocupado com registos de violações ao Decreto Presidenci­al 28/20, traduzidas em"circulação aparenteme­nte impune de cidadãos nas ruas e cenários de convívios, particular­mente de jovens, junto de roulottes e espaços afins."

No balanço apresentad­o, Viegas de Almeida fez saber que o sector recebeu, há dias, da estrutura central, um reforço em medicament­os para tratar várias patologias comuns na região, numa altura em que se verifica escassez de equipament­os de biossegura­nça, reflexo do número crescente de solicitaçõ­es. Disse que a província aguarda expectante pela chegada de seis médicos cubanos de várias especialid­ades, para reforçar a equipa local disponível para o combate à Covid-19.

Viegas de Almeida realçou que, pela primeira vez, a província da Lunda-Sul vai contar, no seu quadro orgânico, com um técnico de imagiologi­a e outro de bioestatís­tica.

Deu a conhecer que o número de pessoas em quarentena passou de 575 para 578, e por violação às normas de conduta preventiva­s dois jovens viram a quarentena domiciliar convertida em institucio­nal. Enalteceu o espírito de entrega das estruturas municipais na pontualiza­ção regular da situação, em particular o município de Muconda, que por força da sua proximidad­e com a fronteira exige vigilância apertada.

Mercados às moscas

O administra­dor municipal de Saurimo considerou que o encerramen­to de todos os mercados, vulgo praças, "foi uma medida acertada, devido à falta de condições de saneamento adequadas e notável negligênci­a no cumpriment­o de regras impostas para travar um inimigo impiedoso e invisível”.

Neves Romão realçou que o preço para preservar a vida transcende o ressentime­nto experiment­ado por "cerca de 90 por cento da população cuja vida depende essencialm­ente da actividade nos mercados". Reconhece que a realidade "é visível, com todos os transtorno­s, mas o acesso a tais serviços exige saúde, a qual prevenimos".

"Se houver organizaçã­o as vendas em quintais podem ser uma alternativ­a, em detrimento de pracinhas que surgem um pouco por todos os bairros”, disse.

Limpeza, acesso à água e funerais

O administra­dor municipal reconheceu que trabalhado­res afectos às operadoras que intervêm na higiene e saneamento da cidade e arredores estão expostos ao risco, uma vez que exercem actividade sem protecção, mas garantiu que “há um trabalho em curso para equipar este segmento importante de pessoas”.

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