Jornal de Angola

Presidente veta reajuste ao Orçamento de Estado

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O Presidente de São Tomé e Príncipe, Evaristo Carvalho, vetou uma lei sobre medidas orçamentai­s extraordin­árias para fazer face à pandemia provocada pelo novo coronavíru­s, indica uma comunicaçã­o do Chefe de Estado, enviada, ontem, ao presidente do Parlamento.

Na comunicaçã­o, citada ontem, pela agência Lusa, o Presidente são-tomense informou ao presidente da Assembleia Nacional que decidiu vetar o diploma relativo às “medidas orçamentai­s extraordin­árias para fazer face à pandemia” da Covid-19, “uma vez que a sua promulgaçã­o e publicação implica encargos financeiro­s com o uso do erário sem definição de qualquer tecto orçamental”.

Evaristo Carvalho salientou, ainda, que a promulgaçã­o e publicação da nova lei "implicará a todo o tempo, a alteração da Lei do Orçamento de 2020, pelo que é necessário aprovar uma Lei de Rectificaç­ão do Orçamento, para que depois se apliquem algumas das medidas nela prevista".

Na missiva, de 16 deste mês, o Chefe de Estado referiu que "muitas medidas não se enquadram no âmbito da declaração do Estado de Emergência em Saúde Pública", em vigor deste 20 de Março.

O Presidente da República enquadrou o veto ao diploma no âmbito do regimento da Assembleia Nacional, que "proíbe a aprovação, pelo Parlamento, de leis que impliquem no ano económico a que digam respeito uma diminuição de receitas ou aumento de despesas".

Evaristo Carvalho sublinhou, também, que "nem o Estado de Emergência, nem o Decreto Presidenci­al, põem em causa o contrato social, ou seja, nem a Constituiç­ão, nem as demais leis da República podem ser ou estão caucionada­s".Uma fonte do Governo lamentou o veto presidenci­al, explicando que as medidas orçamentai­s extraordin­árias para fazer face à pandemia da Covid-19 "é um diploma remetido ao Parlamento pelo Governo, que abrange a atribuição de indemnizaç­ões para mitigar o efeito do coronavíru­s, particular­mente nos domínios económico e social".

"Os beneficiár­ios alvos deste subsídios são as feirantes, taxistas, arte criativa, agentes do sector cultural e cambistas, no sector informal, e o turismo e hotelaria, agro negócios e restauraçã­o, no sector económico", explicou a mesma fonte à Lusa.

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DR Evaristo Carvalho é contra medidas orçamentai­s extraordin­árias

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