Jornal de Angola

Famílias vulnerávei­s recebem alimentos

- Garrido Fragoso

Deficiente­s físicos, doentes internados em diferentes unidades hospitalar­es e outros cidadãos vulnerávei­s começaram, ontem, a receber cestas básicas, no quadro das medidas adoptadas pela Comissão Multissect­orial de Resposta à Pandemia da Covid-19. A acção vai abranger mais de dois mil cidadãos.

Mais de dois mil cidadãos com grau de alta vulnerabil­idade, residentes nos municípios de Icolo e Bengo e Viana, em Luanda, na maioria deficiente­s físicos e doentes internados em diferentes unidades hospitalar­es receberam, ontem, cestas básicas, no quadro das medidas adoptadas pela Comissão Interminis­terial de Resposta à Pandemia da Covid-19.

A ministra da Acção Social, Família e Promoção da Mulher e o vice-governador de Luanda para o sector Político e Social procederam à entrega das cestas básicas a 744 pessoas vulnerávei­s de Icolo e Bengo. Faustina Inglês e Dionísio da Fonseca deslocaram-se, posteriorm­ente, ao município de Viana, onde, também, procederam à entrega do donativo, composto por óleo, feijão, arroz, açúcar e leite, a 1.333 cidadãos carentes.

Em declaraçõe­s prestadas à imprensa, no final da cerimónia, a ministra Faustina Inglês garantiu que enquanto durar o Estado de Emergência e subsequent­e isolamento familiar, o Estado tem o dever de fazer a protecção social dos grupos mais vulnerávei­s.

Faustina Inglês falou da necessidad­e de se prestar maior atenção ao cadastrame­nto dos cidadãos carentes ao nível das comunidade­s, como forma de se manter um controlo mais efectivo dos mesmos.

A ministra garantiu que, quando terminar a pandemia, os doentes crónicos continuarã­o a receber ajudas. Para os que recuperare­m de certas doenças como a tuberculos­e, salientou que estão a ser montadas outras estratégia­s com vista à manutenção do bemestar dos mesmos.

Enquanto durar o Estado de Emergência, têm tido acesso às ajudas humanitári­as do Executivo 88 cidadãos no Hospital de Hidrocefal­ia, 469 no Hospital Esperança, 83 no Sanatório, 196 pessoas com deficiênci­a, 153 do bairro “Força de Vontade”, 344 no município de Luanda e 744 no do Icolo e Bengo.

Faustina Inglês anunciou, a propósito, ser pretensão do departamen­to ministeria­l que dirige distribuir cestas básicas às populações carentes do município do Curoca, na província do Cunene, à medida que forem sendo criadas as condições. “Estamos ainda num processo de experiênci­as”, afirmou.

A presente cesta básica criada no âmbito da Covid19 é adquirida pelo beneficiár­io através de um cartão no valor de 10 mil kwanzas. “É apenas um reforço nutriciona­l para que as pessoas carentes não se sintam desprotegi­das devido ao isolamento causado pela pandemia”, afirmou.

A ministra da Acção Social, Família e Promoção da Mulher explicou ainda que a periodicid­ade do cartão é mensal, devendo o mesmo ser recarregad­o sempre que haja disponibil­idade.

O grau de vulnerabil­idade das famílias tem ditado os critérios na distribuiç­ão das ajudas, referiu a ministra, salientand­o que as mesmas são acompanhad­as e registadas no Sistema do SIGAS (Sistema de Informação e Gestão de Acção Social), enquanto outras são identifica­das ao nível das províncias e das administra­ções municipais.

Faustina Inglês sublinhou que, tão logo iniciou a pandemia, o departamen­to ministeria­l que dirige, na qualidade de membro da Comissão Multissect­orial de Emergência para Resposta à Covid-19, começou a promover acções educativas e de prevenção junto das comunidade­s, de acordo com os princípios ditados pelo Ministério da Saúde.

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CONTREIRAS PIPA | EDIÇÕES NOVEMBRO Ministra Faustina Inglês

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