Caluquembe quer testes para detectar a doença
O director clínico do hospital de Caluquembe, província a Huíla, defendeu, ontem, a disponibilização de testes de Covid-19, numa altura em que continuam a receber pacientes provenientes de várias regiões do país.
Em declarações ao Jornal de Angola, Daniel Cummings disse que à Covid-19 é uma doença altamente perigosa, que carece de uma atenção especial de todas unidades sanitárias. “Ainda não detectamos a Covid-19, por falta de testes. Podemos fazer outros exames básicos, mas não temos testes para coronavírus”, disse, acrescentando que falta também material de biossegurança. “As máscaras que tínhamos, já distribuímos aos trabalhadores do hospital”, disse.
O hospital, garantiu, cumpre com as medidas de prevenção, como a lavagem das mãos com água e sabão e desinfecção das superfícies mais usadas. O distanciamento entre pessoas, para evitar o contágio comunitário, é outra medida que está a ser observada naquela unidade hospitalar.
“Pacientes e familiares estão a ser sensibilizados e mobilizados para se protegerem”, afirmou. Disse que no âmbito da prevenção à Covid-19, o hospital tem mais baldes de água para as pessoas lavarem as mãos quando se dirigem em qualquer secção.
Apesar da situação estar sob controlo, disse, é importante haver stock de testes. “Os hospitais das zonas urbanas devem ser os primeiros a serem contemplados, dada a demanda. Mas é importante lembrar-se também dos hospitais de referência que estão no meio rural. Temos a certeza de que vamos ter testes”, afirmou confiante.
Daniel Cummings explicou que, durante o levantamento da cerca sanitária, o hospital recebeu doentes vindos de Luanda, com complicações pós-parto. Disse que são pacientes que fizeram parto em Luanda e retornaram às suas aldeias.
Os doentes, informou, continuam a receber tratamento médico no hospital. “Temos casos que já receberam alta e outros continuam no hospital. Alguns doentes foram tratados noutros hospitais e vieram em situação avançada. Vamos precisar de continuar a tratar mais doentes”, esclareceu.
O hospital de Caluquembe tem capacidade para internar 200 doentes e presta serviços de Medicina Geral, Cirurgia, Pediatria, Sanatório, Maternidade e Reabilitação Física. O hospital funciona com quatro médicos e 120 enfermeiros.