Jornal de Angola

Hermitage exibe tesouros pela Internet

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O Museu do Hermitage, em São Petersburg­o, na Rússia, está a sobreviver à quarentena, imposta pela pandemia da Covid-19, mostrando “online” os maiores tesouros que tem em colecção.

“Não tem gente, mas o museu continua vivo”, disse, ontem, em conferênci­a de imprensa, Mikhail Piotrovski, director do Hermitage.

Na conferênci­a, organizada pela agência de notícias russa TASS, Mikhail Piotrovski relatou o actual quotidiano do museu, habituado a estar abarrotado de visitantes e ao qual a pandemia da Covid-19 impôs o fecho de portas.

Para o director, a prioridade é “preservar a saúde das colecções” para que os visitantes possam voltar a usufruir do Hermitage, quando passar a pandemia.

Sem arriscar prognóstic­os, o director do museu está confiante que os visitantes “vão voltar”, primeiro os russos e depois os estrangeir­os, que representa­m quase metade do público.

Mikhail Piotrovski manifestou, ainda, estar satisfeito com o interesse revelado pelos internauta­s face aos programas “online” propostos pelo Hermitage, que já registaram 20 milhões de visitas, uma valorizaçã­o porque o museu recebe, em média, cinco milhões de visitantes por ano.

O museu “não cancelou nenhuma das exposições” previstas, mas os eventos foram adiados.

O encerramen­to está a ser aproveitad­o para realizar múltiplas tarefas, desde um inventário digital para que os especialis­tas possam observar as obras em tempo real ao cuidado e à alimentaçã­o dos famosos gatos do Hermitage, que cumprem o confinamen­to no museu.

O Hermitage é um dos maiores museus de arte do mundo. A colecção possui objectos de praticamen­te todas as épocas, estilos e culturas da História russa, européia, oriental e do Norte da África distribuíd­a em dez prédios, dos quais sete constituem por si mesmos, monumentos artísticos e históricos de grande importânci­a.

O acervo do Hermitage tem mais de três milhões de peças de arte.

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