Associação de futebolistas condena salários parciais
O presidente da Associação Nacional dos Futebolista de Angola (ANFA), Igor do Nascimento,condenouopagamento de salários dos jogadores em 50 por cento, enquanto vigorar o período de Estado de Emergência, decretado em Março último, devido à Covid-19.
Ao falar terça-feira à Angop sobre a obrigatoriedade ou não de os clubes continuarem a cumprir com a obrigação, apesar da interrupção do Campeonato Nacional de futebol da primeira divisão, Girabola’2019/20, condenou aquilo que chamou de “atitude aproveitadora”.
Recordou que à luz do Decreto Presidencial Legislativo Provisório, que orienta o Estado de Emergência vigente, nenhuma entidade empregadora deve despedir os trabalhadores e, por conseguinte, são obrigadas, por força do diploma legal, a assegurar as mensalidades.O dirigente considera que numa altura em que alguns clubes devem ordenados de mais de três meses, o correcto seria resolver os atrasados e depois pagar os de Março e Abril.
Igor do Nascimento defende o pagamento total da mensalidade até Abril, mas admite a possibilidade de uma solução negociada entre o empregador e funcionários caso a pandemia se prolongue, até para salvaguardar os próprios empregos, devido a incapacidade da outra parte.
Face à situação, a ANFA coloca-seàdisposiçãodosjogadores em defesa dos seus direitos, de modo a encontrar consenso que satisfaça as partes. Entre as agremiações que optaram por tal procedimento, o antigo jogador da Selecção Nacional citou, como exemplo, o Recreativo do Libolo, que liquidouem50porcentoosalário do mês de Março e pretende reduzir para 30 o deste mês.