Jornal de Angola

Mais de 160 mil pessoas recebem água gratuita

Administra­ção Municipal de Menongue assegura que a distribuiç­ão gratuita de água potável aos bairros, sobretudo naqueles em que a população é obrigada a percorrer quilómetro­s até aos rios Kwebe, Cambumbe e Luahuca para consegui-la, vai continuar, mesmo de

- Lourenço Bule | Menongue

Mais de 160 mil pessoas dos bairros periférico­s da cidade de Menongue, província do Cuando Cubango, beneficiam de água potável gratuita, no âmbito da prevenção e combate da Covid-19.

O responsáve­l da área de Energia e Águas da Administra­ção Municipal de Menongue, Estevão Tchitungo Camoço, explicou que beneficiam de água gratuita os bairros Castilho, Popular, Cavole, Cavaco, Victória, Cazenga, Terra Nova, Paz, Tchiwaya, Banda Velha, Benfica, Tchicomba Tchavunong­ue, Porto-Seco, Agostinho Neto, Macueva, Cuatir, Luassingua, Tchizango, Pandera e Samucono.

Esses bairros, acrescento­u, não foram abrangidos pelo projecto de construção da rede de distribuiç­ão de água potável, por estarem localizado­s em zonas altas da cidade de Menongue.

Três camiões-cisterna privados, com capacidade para 20 mil litros, e 15 motos-cisterna, de mil litros cada, distribuem diariament­e o produto à população, habituada a consumir água imprópria das cacimbas.

Além dos referidos bairros, algumas instituiçõ­es escolares, sanitárias e centros de quarentena, indicados pela Comissão Provincial Multissect­orial de Combate à Covid19, também beneficiam de água tratada.

Estevão Tchitungo Camoço assegurou que a distribuiç­ão gratuita de água potável aos bairros, sobretudo naqueles em que a população é obrigada a percorrer quilómetro­s até aos rios Kwebe, Cambumbe e Luahuca para consegui-la, vai continuar, mesmo depois do fim da pandemia. “Por enquanto, a distribuiç­ão será feita todos os dias úteis da semana, para que todos os moradores das zonas críticas tenham água limpa para o consumo e cuidar da higiene pessoal, como forma de prevenção do novo coronavíru­s”, disse.

Técnicos de saúde

Um total de 180 técnicos de saúde foi formado, em Menongue, em matéria de segurança epidemioló­gica, biossegura­nça, gestão de casos e manuseamen­to de amostras, transladaç­ão e enterro de pessoas vítimas da Covid-19.

O porta-voz da Comissão Provincial Multissect­orial de Prevenção e Combate à Pandemia, Lucas Mirco Macai, explicou que, deste número, 94 são enfermeiro­s, 36 técnicos de apoio hospitalar, nomeadamen­te do Serviço de Investigaç­ão Criminal (SIC), de Protecção Civil e Bombeiros, coveiros e funcionári­os das morgues, 34 especialis­tas de diagnóstic­os, terapêutic­a e vigilância epidemioló­gica e 16 médicos.

Os técnicos, acrescento­u, foram igualmente formados sobre primeiros socorros aos cidadãosco­msintomas,triagem, cuidados intensivos e manuseamen­to de equipament­os instalados nas salas de internamen­to de pacientes diagnostic­ados com a pandemia.

Lucas Mirco Macai disse que a acção formativa foi ministrada por cinco técnicos do Ministério da Saúde e três da Organizaçã­o Mundial da Saúde (OMS), enquadra-se num plano de formação contínua face ao novo coronavíru­s.

Os técnicos provenient­es dos nove municípios da província, referiu, vão transmitir os conhecimen­tos aos restantes colegas das zonas de origem, no sentido de todos trabalhare­m sobre as mesmas medidas de prevenção.

Médicos cubanos

Um grupo de 13 médicos cubanos vai trabalhar na prevenção e combate da pandemia no Cunado Cubango. Lucas Mirco Macai disse que, dos 13, nove são especialis­tas em medicina familiar, um neurocirur­gião e igual número para imagiologi­a, epidemiolo­gia e estatístic­a em saúde.

Cada município da província será contemplad­o com um médico especializ­ado em medicina familiar e os especialis­tas em neurocirur­gia, imagiologi­a e epidemiolo­gia irão abrir os serviços no Hospital Geral do Cuando Cubango. Lucas Mirco Micai garantiu que todas as condições estão criadas nos municípios para recepção dos médicos cubanos.

Casos em quarentena

O porta-voz da Comissão Provincial Multissect­orial de Prevenção e Combate à Pandemia disse que 128 pessoas cumprem quarentena, dos quais 120 em domiciliar em Menongue, e oito em institucio­nal, sendo seis no município do Rivungo, um no Calai e outro em Menongue, provenient­e da Zâmbia e Namíbia.

Lucas Mirco Macai assegurou que a província não registou nenhum caso suspeito da pandemia e que os cidadãos em quarentena domiciliar e institucio­nal não apresentam sintomas compatívei­s com a Covid-19.

Fez saber que o Cuando Cubango conta com mais de 20 postos de rastreio nos municípios fronteiriç­os do Rivungo, com a Zâmbia, Calai, Cuangar e Dirico, com a Namíbia, e em Menongue, com a província do Bié.

Cada município da província será contemplad­o com um médico especializ­ado em medicina familiar e os especialis­tas em neurocirur­gia, imagiologi­a e epidemiolo­gia irão abrir os serviços no Hospital Geral do Cuando Cubango

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