Cadeia de Cacanda cria sala de isolamento
O director provincial dos Serviços Prisionais, subcomissário prisional José Lucala Neto, explicou que os novos reclusos vão permanecer durante 30 dias na sala de isolamento, com capacidade para 25 pessoas, antes de serem encaminhados às respectivas celas
Uma sala de isolamento para os novos reclusos foi criada no estabelecimento prisional de Cacanda, no âmbito das medidas de prevenção contra a Covid-19, revelou ontem, no Dundo, Lunda-Norte, o director provincial dos Serviços Prisionais.
O subcomissário prisional José Lucala Neto, que falava à margem da visita do governador da Lunda-Norte, Ernesto Muangala, explicou que os novos reclusos vão permanecer durante 30 dias na sala de isolamento, com capacidade para 25 pessoas, antes de serem encaminhados às respectivas celas.
No acto em que Ernesto Muangala ofereceu material de biossegurança, José Lucala Neto garantiu que estão paulatinamente a serem lançadas as bases para o reforço das medidas de prevenção para travar a propagação da Covid19 no seio da população penal da Lunda-Norte. “A prevenção vale mais do que o combate. Por isso, criamos estas condições para salvaguardar a vida dos presos”, disse, acrescentando que foram suspensas as visitas familiares aos presos.
José Lucala Neto frisou que os materiais higiénicos e de biossegurança chegaram numa boa altura, visto que o estabelecimento carecia de meios de prevenção contra a pandemia.
Falta de ambulância
Os Serviços Prisionais na Lunda-Norte estão sem ambulância para a transferência de doentes para hospitais locais de referência. O subcomissário prisional José Lucala Neto acrescentou que faltam também viaturas adequadas para o transporte de presos ao tribunal, para efeitos de julgamento. A cadeia de Cacanda, referiu, carece ainda de um laboratório de análises clínicas.
O governador da LundaNorte, Ernesto Muangala, disse que estão engajados na criação de condições para a prevenção da pandemia e garantiu a contínua assistência à população vulnerável.
Ernesto Muangala realçou a importância da prevenção nas comunidades, tendo aconselhado, a lavagem constante das mãos com água e sabão.
Dados da direcção da cadeia de Cacanda referem que, durante o Estado de Emergência, 45 reclusos foram soltos. Nesta altura, 553 pessoas, entre detidos e condenados, estão nas celas da penitenciária.