Ministro considera cortes insuficientes
O ministro dos Recursos Minerais Petróleo e Gás considerou que o corte de produção de perto de 10 milhões de barris por dia, no início do mês em curso decidido pela OPEP e aliados para vigorar em Maio e Junho, não é suficiente para equilibrar a procura e a oferta, bem como estabilizar os preços.
Diamantino Azevedo disse na Assembleia Nacional, na aprovação de um pacote de incentivos fiscais para cinco blocos petrolíferos, na quinta-feira, prever que, caso a retracção da procura causada pela propagação da pandemia da Covid-19 prevalecer, nas próximas semanas, o mercado esgota a capacidade de armazenagem de 600 milhões de barris, interrompendo as transacções.
O ministro notou que essa perturbação do mercado coincide com o decurso de avultados investimentos iniciados em 2017 para elevar as reservas e a quota de produção da Sonangol de 2,00 para 10 por cento em cinco anos.
No quadro desses investimentos, o número de sondas operacionais no país cresceu quatro vezes em três anos, passando de duas, em 2017, para oito este ano, mas, revelou Diamantino Azevedo, as operações já foram suspensas em cinco dessas mega-estruturas.
A perturbação do mercado também coincide com acções para a exploração das bacias petrolíferas do Namibe, Cunene, Cuando Cubango, Malanje e parte do Moxico, a execução de uma estratégia de refinação e de estudos para a implantação de uma indústria petroquímica, lamentou Diamantino Azevedo.