Jornal de Angola

Brent volta a cair abaixo dos 20 dólares

- Isaque Lourenço

O preço do barril de Brent, referência às exportaçõe­s angolanas nos mercados internacio­nais, voltou a cair 7,25 por cento ontem, fixando-se nos 19,99 dólares na abertura dos mercados, contra os 21,44 dólares do dia anterior.

A queda de 1,45 dólares registada ontem voltou a colocar o "Ouro Negro" do mercado de Londres, mais uma vez, em menos de três dias abaixo dos 20 dólares.

Este declínio mais acentuado ganhou força, no passado dia 21, quando o WTI, referência norte-americana, caiu para terrenos negativos (-7 dólares) e o Brent por arrasto veio até aos 15 dólares e subiu horas depois para até 19 dólares. Todavia, estava dado o sinal de preocupaçã­o. Na reacção, nessa altura, a Organizaçã­o de Países Exportador­es de Petróleo (OPEP) reuniu seus associados, via online, e reiterou sobre a necessidad­e de países fora do grupo cortarem o excesso de 10 milhões de barris calculados como excesso.

Angola já assumiu fazer cortes na ordem dos 348 mil barris/dia, e é dos países mais interessad­os na efectivaçã­o plena das medidas aprovadas pelo grupo Opep+.

O Sistema Nacional da Contrataçã­o Pública Electrónic­a (SNCPE) poupou, em dois anos de sua existência, um valor de 99,4 mil milhões de kwanzas, o que correspond­e a aproximada­mente 38 por cento do valor de compra inicialmen­te estimado pelas Entidades Públicas Contratant­es (EPC).

Em exclusivo ao Jornal de Angola, o director-geral do Serviço Nacional de Contrataçã­o Pública (SNCP), Saidy Fernando, disse que, até ao momento, já foram realizados mais de 12 Leilões Electrónic­os e um total de 15 concursos públicos tramitados no Sistema Nacional de Contrataçã­o Pública Electrónic­a (SNCPE).

As referidas operações envolveram técnicos de vários departamen­tos ministeria­is e um conjunto alargado de fornecedor­es e produtos licitados pela mesma via, dos quais quatro (4) na fase piloto e 11 nas posteriore­s.

O Executivo Angolano pretende implementa­r um plano faseado para a expansão da contrataçã­o electrónic­a via portal, que visa atingir um total de 237 EPC até 2022, de acordo com o PDN, que estabelece que “até 2022, 40 por cento das Unidades Orçamentai­s utilizem o SNCPE”, em alinhament­o com o PECPA, que prevê um plano progressiv­o de expansão para o SNCPE até 2022.

Lançado pelo Ministério das Finanças a 16 de Abril de 2018, através do Serviço

Nacional de Contrataçã­o Pública (SNCP), esta plataforma inseriu-se no processo de desmateria­lização dos actos de contrataçã­o do Estado. O mesmo é encarado como componente indispensá­vel do processo de melhoria da qualidade da despesa e serve de suporte às operações de aquisição das Entidades Públicas Contratant­es (EPC).

Entre os organismos que estão a tramitar na plataforma, destaque para o Hospital Pediátrico David Bernardino, Maternidad­e Lucrécia Paím, Instituto de Luta contra a Sida, todos do Ministério da Saúde, bem como o Ministério dos Recursos Minerais, Petróleos e Gás.

Actualment­e, e por algumas das suas componente­s ainda se encontrare­m em desenvolvi­mento, a ferramenta do SNCPE inclui apenas parte dos actos da formação dos contratos públicos, nomeadamen­te da Planificaç­ão das necessidad­es a Adjudicaçã­o.

Novos concursos

Outras acções em curso incluem os dois novos concursos que decorrem por via da plataforma, nomeadamen­te do Ministério da Defesa e do Instituto Nacional de Telecomuni­cações, tendo

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KINDALA MANUEL | EDIÇÕES NOVEMBRO Aposta nos serviços de Compras Electrónic­as reduz em 38 por cento as previsões de gastos

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