Falta de equipamento condiciona reabertura do novo bloco operatório
Os Serviços de Cirurgia continuam a funcionar no antigo bloco operatório do hospital, construído há 40 anos, e em condições inapropriadas, enquanto as autoridades aguardam pelo apetrechamento técnico da nova infra-estrutura
A reabertura do novo bloco operatório do Hospital Municipal de Caluquembe, reabilitado recentemente, está condicionada ao apetrechamento da infra-estrutura com equipamentos de cirurgia, disse ao Jornal de Angola o director clínico da unidade hospitalar, Daniel Cummings.
Segundo o responsável, os Serviços de Cirurgia continuam a funcionar no antigo bloco construído há 50 anos. Anualmente, disse, o hospital realiza cerca de duas mil cirurgias por ano, sendo os casos mais frequentes, cesarianas, reparação de roturas uterinas, perfurações e torções intestinais.
O director clínico acrescentou que os casos de fracturas causadas por acidentes de viação são tratados. O elenco clínico encaminha para o Hospital da Igreja Evangélica Sinodal de Angola (IESA) situado em Caluquembe.
Daniel Cummings revelou que o Hospital de Caluquembe recebe muitos pacientes do Huambo que buscam os Serviços de Cirurgia local. “Por isso, afigura-se urgente a instalação dos equipamentos no novo bloco operatório para que possamos responder às necessidades dos doentes”, defendeu.
O responsável clínico da principal unidade hospitalar de Caluquembe lamenta “a falta de espaço” no bloco operatório velho, o que, a seu ver, tem impossibilitado o uso de inaladores através de máquinas apropriadas. “O novo bloco tem de reabrir com urgência, até porque é mais espaçoso”.
Em relação aos trabalhos actuais de cirurgia, Daniel Cummings disse: “Ainda conseguimos fazer cirurgias com anestesia colocada na coluna vertebral do paciente. Estamos a usar a anestesia com o recurso a medicamentos apropriados ”, explicando que os equipamentos sofisticados poderão funcionar melhor na nova sala de operações.
Casos de malária com frequência
Mais de 420 casos de malária foram registados no Hospital de Caluquembe durante o mês de Março último. No mesmo período, a unidade sanitária, efectuou mais de 300 transfusões de sangue, segundo Daniel Cummings.
O responsável informou que, nas últimas semanas, houve muitos casos graves de malária, a doença mais frequente registada no Hospital de Caluquembe.
Hospital Municipal de Caluquembe realiza cerca de duas mil cirurgias por ano, a pacientes de várias partes do país, devido aos bons serviços que presta desde o tempo colonial
Apesar de muitas parturientes estarem a efectuar partos em casa, devido ao Estado de Emergência, Daniel Cummings disse que o hospital continua a receber e a dar o devido tratamento aos casos complicados de mulheres grávidas”, disse.