Jornal de Angola

Dirigentes concordam com anulação da época

- Jorge Neto

A maior parte dos dirigentes dos clubes que disputam o Campeonato Nacional de Futebol da I Divisão, Girabola 2019/2020, são unânimes quanto a decisão da anulação da presente edição da competição, de modos a evitar colocar em perigo a vida dos jogadores, em função da pandemia da Covid-19.

O vice-presidente para o futebol do 1º de Agosto, Paulo Magueijo, mostrou-se favorável à medida para em primeiro lugar preservar a vida dos atletas.

“Somos favoráveis a esta medida da anulação do campeonato, porque desconhece­mos o período que esta pandemia vai durar. Em primeiro lugar, preservamo­s o bem que é a vida, daí acharmos por bem parar tudo e começarmos a pensar na próxima época. Naturalmen­te que era nosso desejo continuarm­os com o campeonato, mas as circunstân­cias nos obrigam a parar”, disse o dirigente agostino.

Augusto Correia, vice-presidente para o futebol do Recreativo do Libolo, concorda com a decisão, pois, de acordo com o médico da FIFA, as competiçõe­s apenas devem retomar depois do mês de Agosto.

“O Libolo está favorável a esta decisão porque a pandemia é uma coisa muito séria. Se o médico da FIFA diz que os campeonato­s não podem começar antes do mês de Setembro, então só temos de fazer uma paragem. A anulação do Girabola de modo algum atrapalha a programaçã­o que fizemos. Agora os clubes vão certamente repensar a próxima época”, reagiu o homem-forte do futebol do clube da Vila de Calulo.

Exéquias Domingos, director administra­tivo do Desportivo da Huíla, considera que a anulação foi a melhor opção.

“Estamos de acordo, houve uma reunião preliminar com os clubes e foi tomada esta decisão de consenso, porque não se sabe quanto tempo vai durar a situação da Covid19. Acho que foi a melhor opção. Em relação aos contratos, a época terminaria no dia 31 de Maio e até esta data os clubes têm de honrar os compromiss­os salariais, até porque estamos sob o regime de Estado de Emergência, que diz que todas as entidades empregador­as devem pagar os salários aos seus funcionári­os”, concluiu.

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