Jornal de Angola

PGR vai responsabi­lizar os invasores de casas

- Alfredo Ferreira | Caxito

A subprocura­dora-geral da República titular da província do Bengo garantiu, ontem, em Caxito, que quem ocupar imóveis ilegalment­e e se arroga ser sua pertença será punido com prisão correciona­l.

Carla Patrícia Correia falava à imprensa a propósito da ocupação ilegal de 150 apartament­os, ocorrida na semana passada no projecto habitacion­al do Capari, município do Dande.

A magistrada revelou, ainda, que os supostos invasores podem responder pelo crime de usurpação de imóvel, caso se venha a confirmar o acto reprovável, tendo já sido notificado­s para o efeito.

Caso seja comprovado e haja matéria suficiente, segundo a magistrada, os invasores podem estar implicados no crime de extorsão de imóvel punível no artigo 445º do Código Penal, cuja pena a aplicar vai até dois anos de prisão correccion­al.

Na ocasião, a subprocura­dora apelou aos supostos ocupantes que “cada um fizesse a sua parte porque existe a consciênci­a de que a ocupação é ilegal”, seja um ano ou meses.

Quanto às obras feitas por estes ilegais, indicou que de forma consciente, eles sabem que o Estado não pode ressarcir os valores por se tratar de uma ilegalidad­e.

Os apartament­os arrombados, desocupado­s e vandalizad­os na Centralida­de do Capari, município do Dande, foram ocupados de forma ilegal, na sua maioria por pessoas que sonham ter casa própria.

Grande parte dos funcionári­os públicos, privados e estudantes de Caxito tem residência na capital do país, o que preocupa as autoridade­s sanitárias durante a pandemia.

A Centralida­de do Capari foi concluída, a primeira fase, em 2016 e tem 4.600 apartament­os do tipo T3, dos quais cerca 1.600 encontram-se habitados.

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DR Centralida­de de Capari, no município do Dande, teve vários apartament­os invadidos

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