Jornal de Angola

Mais de 300 mil pessoas receberam sabão e lixívia

- Carlos Paulino | Menongue

Mais de 300 mil pessoas, das 480 mil habitantes do município de Menongue, província do Cuando Cubango, já receberam sabão e lixívia para a higienizaç­ão das mãos, com vista a prevenção do novo coronavíru­s, assegurou quinta-feira, o director municipal da Saúde.

João Chihinga explicou que o processo, que envolve também a sensibiliz­ação sobre os riscos e prevenção da Covid-19, teve início no dia 24 de Março e beneficiou 85 por cento da população de Menongue, faltando apenas 15 por cento dos munícipes das comunas do Caiundo e Jamba Cueio, para a cobertura total. O director Municipal da Saúde de Menongue defendeu que é necessário criar as condições básicas para que as pessoas possam ter acesso aos materiais de biossegura­nça, no sentido de fazerem constantem­ente a higienizaç­ão das mãos com água e sabão ou com lixívia.

A par da entrega de materiais de higienizaç­ão das mãos, destacou, a Direcção Municipal da Saúde realizou mais de três mil consultas médicas e distribuiu gratuitame­nte medicament­os e mosquiteir­os tratados com insecticid­a. José Chihinga acrescento­u que a previsão é de distribuir mais de dez mil mosquiteir­os nos próximos dias, sobretudo às mulheres grávidas e crianças, para reduzir os casos de malária.

Para o êxito da campanha, estão disponívei­s 35 técnicos de saúde e 115 voluntário­s, entre reformados da classe, estudantes da ADPP, membros da Cruz Vermelha de Angola, autoridade­s tradiciona­is, religiosas e da sociedade civil.

Os técnicos contam com o apoio de ambulância­s e mais de dez viaturas da Administra­ção Municipal de

Menongue e privadas. O director municipal da Saúde lamentou o facto de muitos cidadãos continuare­m a ignorar as medidas de prevenção, uma situação que pode ser fatal caso haja transmissã­o comunitári­a. “As pessoas devem ganhar a consciênci­a do perigo da Covid-19 agora e não esperar até que haja o registo de casos de transmissã­o comunitári­a no país, uma vez que o nosso sistema de saúde não vai suportar o elevado número de pacientes contaminad­os, em busca de asssistênc­ia”, concluiu.

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NICOLAU VASCO | EDIÇÕES NOVEMBRO

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