Jornal de Angola

Estatuto da Provedoria vai hoje ao Parlamento

Diploma foi aprovado na generalida­de, em Fevereiro, com a proposta de Lei Orgânica do Provedor de Justiça

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As Comissões de Trabalho Especializ­adas da Assembleia Nacional realizam, a partir de hoje, no Parlamento, reuniões conjuntas para a discussão na especialid­ade das propostas de Leis do Estatuto da Provedoria de Justiça e

Orgânica do Provedor de Justiça. Os parlamenta­res discutem, ainda, até amanhã, as propostas de Leis sobre o Regime Geral da Cooperação Interautár­quica e a que aprova o Estatuto dos Titulares dos Órgãos Autárquico­s.

As Comissões de Trabalho Especializ­adas da Assembleia Nacional realizam, a partir de hoje, no Parlamento, reuniões conjuntas para a discussão na especialid­ade das propostas de Leis do Estatuto da Provedoria de Justiça e Orgânica do Provedor de Justiça.

Os dois diplomas foram aprovados na generalida­de, em Fevereiro, por unanimidad­e, de modo a ajustá-los ao quadro juridico-constituci­onal vigente.

As leis, de iniciativa legislativ­a do Presidente da República enquanto Titular do Poder Executivo, resultam de um largo processo de articulaçã­o, com o propósito de conferir a estes órgãos um regime ajustado ao panorama juridico-constituci­onal vigente.

O secretário de Estado da Justiça, Orlando Fernandes, informou na altura que, a par da conformaçã­o constituci­onal, os diplomas visam, também, optimizar o quadro da organizaçã­o e funcioname­nto da Provedoria de Justiça, conferindo­lhe independên­cia, recursos e capacidade para a prossecuçã­o das respectiva­s atribuiçõe­s institucio­nais.

"Estamos convencido­s que as propostas de Lei são suficiente­mente equilibrad­as e respondem às necessidad­es actuais de organizaçã­o e funcioname­nto desses entes", observou.

O Provedor de Justiça é uma entidade pública independen­te que tem como objectivo a defesa dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos, assegurand­o, através dos meios informais, a justiça e a legalidade da actividade da administra­ção pública.

O Provedor de Justiça é eleito pela Assembleia Nacional, por deliberaçã­o da maioria absoluta dos deputados em efectivida­de de funções e toma posse perante o presidente da Assembleia Nacional, em plenário. É eleito para um mandato de cinco anos, renovável apenas uma vez.

Pacote autárquico

As Comissões de Trabalho Especializ­adas discutem, ainda, até amanhã, as propostas de Leis sobre o Regime Geral da Cooperação Interautár­quica e a que aprova o Estatuto dos Titulares dos Órgãos Autárquico­s.

Os dois diplomas receberam voto favorável da Assembleia Nacional, na semana passada, durante a discussão e votação na generalida­de.

A proposta de Lei que aprova o Estatuto dos Titulares dos Órgãos Autárquico­s faz parte do conjunto de leis do Pacote Legislativ­o Autárquico. O diploma esclarece que o exercício das funções nas autarquias constitui uma tarefa exigente e de muita responsabi­lidade, implicando, por isso, que se atribua às pessoas que as exerçam direitos e deveres de modo a assegurar um bom exercício.

O Estatuto dos Órgãos autárquico­s é aplicável apenas aos órgãos electivos da autarquia, isto é, aqueles providos por via de eleição.

Na proposta, procura-se condensar os principais direitos, bem como os deveres a que os autarcas ficam adstritos por força do exercício das respectiva­s funções.

O diploma define o quadro de deveres, direitos e regalias para os titulares dos órgãos da autarquia local, visando conferir maior dignidade ao respectivo estatuto. De acordo com a proposta, a lei aplica-se aos órgãos electivos da autarquia local, com destaque para o presidente da Câmara Municipal e o presidente e vice-presidente da Assembleia Municipal.

A proposta de Lei sublinha o facto de que os membros da Assembleia Municipal cuja função tem, por regra , carácter voluntário, podem exercer outras actividade­s, devendo comunicar à Assembleia Municipal, na primeira reunião a seguir ao início do mandato ou previament­e à entrada em funções nas actividade­s não autárquica­s.

Na apresentaç­ão do diploma, o ministro da Administra­ção do Território, Marcy Lopes, esclareceu que os membros das assembleia­s municipais não estão sujeitos ao princípio de exclusivid­ade laboral.

Quanto ao pacote remunerató­rio, Marcy Lopes admitiu a possibilid­ade de se reduzirem algumas regalias dos titulares dos órgãos locais para garantir a sustentabi­lidade financeira para o pagamento e manutenção das regalias.

O ministro da Administra­ção do Território explicou que o Estatuto dos eleitos locais é uma matéria transversa­l a vários diplomas locais. Reconduz-se não apenas aos direitos e deveres dos autarcas mas, também, às incompatib­ilidades, impediment­os, crimes de responsabi­lidade, entre outras matérias.

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VIGAS DA PURIFICAÇíO | EDIÇÕES NOVEMBRO Deputados discutem hoje vários diplomas nas Comissões de Trabalho Especializ­adas

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