Jornal de Angola

Produção de ovos cai para 30 por cento

- Armando Sapalo | Dundo

A Fazenda Cacanda, na província da Lunda-Norte, regista uma quebra de 30 por cento na produção de ovos, carne bovina e hortícolas, devido à redução da força de trabalho, no quadro das restrições impostas pelo Estado de Emergência.

Emdeclaraç­õesàimpren­sa, o encarregad­o-geral da Agresurb, empresa gestora do projecto agro-pecuário, Telmo Lopes, afirmou que a força de trabalho foi, temporaria­mente, reduzida de 40 para 20 pessoas nas diferentes áreas de produção.

A escassez de insumos e o facto de um número consideráv­el de galinhas poedeiras ter terminado o ciclo produtivo, também contribuír­am para isso. Antes da pandemia, os níveis de produção eram de nove mil ovos por dia.

Presenteme­nte, com dez mil galinhas poedeiras, a produção baixou para sete mil por dia.

Até finais do mês de Agosto e início de Setembro a fazenda espera receber mais um lote de pintos, que irá aumentar para 23 ou 25 mil o efectivo de galinhas poedeiras.

Telmo Lopes disse ser intenção chegar a um total de trinta mil galinhas poedeiras, de acordo com a capacidade instalada nos doze aviários da fazenda e possibilit­ar o incremento da produção de ovos.

Quanto à produção de carne bovina de corte, actualment­e com 160 cabeças, a previsão é aumentar para 400.

Inaugurado em 2012, a Fazenda Cacanda foi concebida para dar corpo à produção local e contribuir para redução da excessiva dependênci­a da importação de ovos e carne bovina. figura como o sinal mais visível, a cobrir a boca e o nariz no rosto de um número consideráv­el de vendedores, do acatamento das medidas de prevenção contra a Covid-19. Também, na maioria das barracas, é observado o distanciam­ento, de modo a prevenir o contágio da pandemia.

Barracas há em que também fazem uso obrigatóri­o do álcool gel e lavagem das mãos com água e sabão como forma de prevenção. Quase que ninguém resiste ao cumpriment­o das normas devido à fiscalizaç­ão apertada que é feita pelo pessoal da administra­ção do mercado, técnicos sanitários e outros.

A vendedora Ngeve Cassova admitiu estar “muito preocupada com a actual pandemia. Preferia ficar apenas em casa, mas não consigo estar só em casa com as crianças, porque vivo da venda de couve no mercado, onde, com o dinheiro que adquiro, compro farinha de milho, peixe seco e outros para a refeição da família”.

Com seis filhos e marido deficiente visual por doença congénita, Ngueve Cassova disse que, se o mercado fechar, “a casa começa a enfrentar problemas de alimentos para a família e tudo fica mais complicado para os garotos que começam a deambular pelas ruas do Lubango”.

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EDUARDO PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO Pandemia da Covid-19 contribuiu para a baixa da produção

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