Bié retoma comércio de bens
Os estabelecimentos comerciais no Cuito, província do Bié, registaram, nos últimos dias, uma ligeira movimentação de clientes após o levantamento parcial do confinamento de trinta dias.
De acordo com Sady Mohamed, de nacionalidade mauritaniana, gestor da empresa de venda de materiais de construção “Elmine– Comércio e Indústria”, a perda de rendimento com os estabelecimentos encerrados durante o período de quarentena foi relevante.
Para o gestor, a medida de quarentena obrigatória foi necessária para manter a prevenção na propagação da Covid e agora vão aproveitar a retoma, mesmo que tímida, para responder à procura e oferta de bens e serviços locais.
Sady Mohamed diz-se informado sobre as medidas de prevenção e que é preciso cumpri-las enquanto a situação ainda está em número reduzido.
Para ele, a quebra na facturação pode ainda ser pior com a dificuldade na importação de produtos imobiliários e de construção. Disse que a compra de materiais de construção baixou de forma considerável.
“A população está preocupada com o abastecimento da alimentação por ser a primeira necessidade básica e é compreensível”, afirmou.
Já o gestor de venda do estabelecimento comercial de alimentos, Salef Mamadou, esclareceu que as medidas de biosegurança estão disponíveis à entrada do armazém.
Explicou que produtos como arroz, óleo, açúcar, massa alimentar e detergentes são os de maior escassez devido à procura por esta altura. Assume existir rotura nos produtos alimentares básicos, principalmente o arroz, em quase todos. No seu estabelecimento, o saco de arroz de 25 kg está a custar 13 mil kwanzas, a caixa de 24 litros de óleo varia entre 1o e 11 mil, o saco de 25 e de 50 kg de açúcar custa 10 mil e trezentos e 17 mil kwanzas.
Em relação a subida dos preços dos produtos, Salef Mamadou garantiu que o seu estabelecimento está a cumprir as regras impostas pelo sector do comércio e das finanças.