Posto militar sul-coreano atingido por tiros do Norte
O incidente ocorreu ao início da manhã de ontem, na zona desmilitarizada que separa os dois países sem causar vítimas
Um posto militar sulcoreano foi atingido, ontem, por tiros disparados do lado norte-coreano da fronteira que separa os dois países, segundo o Exército da Coreia do Sul.
O posto militar, localizado na Zona Desmilitarizada (DMZ) que separa as duas Coreias, foi atingido várias vezes por disparos de uma arma de fogo sem que nenhum soldado fosse atingido, disse o chefe do Estado -Maior Conjunto da Coreia do Sul à agência de notícias do país, Yonhap.
O Exército da Coreia do Sul respondeu com dois tiros de aviso e mensagens de cessar-fogo transmitidas através de um sistema de som a apelar a um cessar-fogo, de acordo com a mesma fonte.
“O incidente ocorreu às 7h41 locais (23h41 de sábado em Angola), num posto militar localizado na cidade de Cheorwon, na região central da Zona Desmilitarizada”, disse o Comando Militar conjunto, acrescentando que as instalações não tiveram danos significativos.
“Estamos a tomar medidas através dos canais de comunicação inter-coreanos para entender a situação em detalhe e evitar incidentes adicionais. Também mantemos uma postura de preparação militar necessária”, apontou Seul, em comunicado.
O novo episódio de tensão na fronteira ocorreu um dia depois de o líder nortecoreano Kim Jong-un ter reaparecido em público pela primeira vez em mais de um mês, de acordo com informações difundidas pela agência de notícias oficial KCNA.
Fim de rumores sobre Kim Jong-un
O líder da Coreia do Norte apareceu em público pela primeira vez em mais de um mês, noticiou a agência de notícias oficial.
Kim Jong-un, participou na inauguração de uma fábrica de fertilizantes em Sunchon, norte de Pyongyang, segundo a KCNA.
O líder norte-coreano “assistiu à cerimónia e todos os participantes gritaram urra” quando ele apareceu, indicou a KCNA. Ao contrário do que é costume, a agência não publicou fotografias.
A última vez que foi visto remonta a 11 de Abril, quando presidiu a uma reunião do Partido dos Trabalhadores para a tomada de medidas no combate da Covid-19.
Citando fontes dos serviços secretos norte-americanos, a CNN avançou, no dia 20 de Abril com a notícia de que Kim Jong-un estaria em risco de vida após uma cirurgia ao coração.
A informação de que Kim teria sido operado no dia 12 foi avançada pelo site sulcoreano sobre a Coreia do Norte Daily NK. De acordo com este órgão, escrito por desertores, a intervenção deveu-se ao “tabagismo desmedido, obesidade e sobrecarga de trabalho”, mas que estaria a recuperar em Hyangsan, no interior do país, e parte da equipa médica já teria voltado à capital. Os rumores intensificaram-se e inclusive o site norte-americano TMZ chegou a dar ao líder- norte-americano como morto.
As autoridades sul-coreanas, por norma bem informadas, designaram de “notícias falsas”.
Trump “feliz”
O Presidente norte-americano, Donald Trump, disse estar “feliz” com o reaparecimento público do líder norte-coreano Kim Jongun, referindo que está “em boa forma”.
“Da minha parte, fico feliz em ver que ele está de volta e em boa forma”, afirmou Trump, numa mensagem na rede social Twitter, depois de ter sido noticiado pelos media oficiais nortecoreanos imagens de Kim Jong-un.
“Estamos a tomar medidas através dos canais de comunicação intercoreanos para entender a situação em detalhe e evitar incidentes adicionais”