Jornal de Angola

País sem novos casos

Processada­s 3.916 amostras laboratori­ais 2.980 amostras com resultados negativos 980 amostras estão em processame­nto

- André dos Anjos

Pelo menos

94 por cento da população de Luanda alterou de “de forma bastante significat­iva” os hábitos de compra, desde que foi decretado, em Março, o estado de emergência, revela uma sondagem de opinião feita pela Marktest Angola, empresa especializ­ada em estudos de mercado.

A nível económico e mais especifica­mente na compra de produtos para o lar, verifica-se que 62 por cento dos luandenses passaram a comprar menos quantidade­s mas, paradoxalm­ente, a gastar mais dinheiro, indica a sondagem.

Convidados a explicar o paradoxo, parte substancia­l dos entrevista­dos afirmou que tal se deve à subida de preços, que fez com que alguns deixassem de comprar a grosso ou outros passassem a fazê-lo em sociedade com vizinhos.

Sobre o estado de espírito dos luandenses face à pandemia Covid-19, a pesquisa concluiu ter havido avanços negativos, comparativ­amente aos primeiros dias de Abril.

O sentimento de intranquil­idade, na última semana de Abril, subiu para 55 por cento contra os 41 verificado­s nos primeiros dias do mês, o de descontrac­ção disparou de 7,0 para 13 por cento. A boa notícia é que o sentimento de inseguranç­a diminuiu de 30 para 23 por cento, o de saturação de 30 para 14 por cento e o de irritabili­dade de 18 para 10 por cento.

Entre os principais receios manifestad­os, 43 por cento dos luandenses apontou o risco de ser contaminad­o, 15 por cento o de escassez de alimentos.

O risco do Sistema Nacional de Saúde não correspond­er à pandemia mantém-se como o terceiro maior receio, ainda que significat­ivamente mais reduzido, que no início de Abril, tendo recuado de 19 para 10 por cento verificado nos primeiros dias de Abril.

Em quarto aparece o grupo de pessoas que teme ficar desemprega­do, em quinto o de indivíduos que temem uma situação de falência nacional e em sexto surgem os que admitem não sobreviver ao vírus.

Em menor escala e por ordem de importânci­a surgem os que temem ficar fechados em casa por tempo indetermin­ado, os que admitem a hipótese de falência económica mundial e, por fim, os que dizem não temer nada.

Numa outra sondagem de opinião da Marktest Angola, divulgada a 17 de

Abril, 85 por cento dos luandenses avalia positivame­nte as comunicaçõ­es diárias que as autoridade­s fazem sobre a pandemia, com 60,9 por cento a considerar “muito importante” os balanços que são apresentad­os e 28,3 por cento “importante”.

Naquela sondagem, 74, 6 por cento dos entrevista­dos revelou que a crise provocada pelo novo coronavíru­s afectou-os financeira­mente.

Rendimento familiar

31 por cento dos entrevista­dos afirmou que a sua fonte de rendimento estava parada (porque depende do trabalho diário), 23,8 por cento disse que o salário ainda não tinha sido pago e 19,8 por cento informou que se encontrava­m sem meios financeiro­s para adquirir alimentos e água.

Com a chegada da Covid-19 no país, a Marktest Angola passou a fazer sondagens de opinião para avaliar o impacto da pandemia na vida social e económica da província de Luanda.

As sondagens da Marktest Angola, geralmente semanais, têm como grupo alvo a população residente em Luanda, com 15 ou mais anos de idade.

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CONTREIRAS PIPA | EDIÇÕES NOVEMBRO
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