Morreu ontem o escritor Jimmy Rufino
Morreu ontem, em Luanda, vítima de doença oncológica, o escritor Jimmy Rufino. A informação foi avançada ao Jornal de Angola por uma fonte da União dos Escritores Angolanos (UEA), de que era membro. Nascido em Luanda aos 10 de Maio de 1962, Jimmy Rufino deixa publicados dois livros de poesia, “Kianda Kiá Ngola” (Chá de Caxinde, 2006) e “Egos da Karne” (UEA, 2014). Deixa inéditas várias obras no domínio do ensaio, da poesia e da ficção.
Jornalista económico e cultural, Luís Martins de Carvalho
Rufino, seu nome de registo, iniciou-se na escrita em 1982, pela via de pequenas crónicas que eram rádiodifundidas no programa Dia Novo, da Rádio Nacional de Angola, em cuja redacção cultural colaborou durante vários anos. Nesse mesmo ano ingressou na Brigada Jovem de Literatura, na qual desempenhou cargos de direcção. Foi colaborador regular do suplemento “Vida e Cultura” do Jornal de Angola, tendo coordenado a rubrica literária “Ponto de Partida”, publicada mensalmente nesse suplemento. Em 1988 fundou a oficina literária José Marti, no Bairro Popular, que passou a publicar, sob sua coordenação, o folheto literário “A Mulembeira”.
Autodidacta e investigador cultural, na vertente do estudo e da pesquisa da música popular e do carnaval angolano, da música e da cultura afro-brasileira e do jazz, publicou em diversos jornais artigos sobre essas matérias. Durante vários anos, realizou e apresentou, no canal FM/Stéreo, da RNA, os programas “A Grande Música Negra” e “Jazz 7”.